Concorrente britânico do sistema de satélites Galileo pode custar ao menos 3 bi de libras
LONDRES (Reuters) - Um sistema britânico de navegação por satélite que compete com o projeto Galileo, da União Europeia, poderá entrar em operação em quatro a cinco anos e custará cerca de 3 bilhões de libras (4 bilhões de dólares), estimou um especialista nesta quarta-feira.
A primeira-ministra Theresa May pediu uma alternativa britânica ao projeto Galileo no início de maio, em resposta a uma disputa sobre as tentativas da União Europeia de restringir o acesso do Reino Unido a dados confidenciais após o Brexit.
Colin Paynter, diretor da Airbus Defence and Space UK, disse a um comitê de parlamentares que é tecnicamente viável para o Reino Unido desenvolver uma alternativa e que, se o país permanecer próximo à solução Galileo, o custo mais baixo seria de intervalo de 3 a 5 bilhões de libras.
Ele disse que a estimativa de custo depende exatamente de quais seriam os requisitos e acrescentou que a estimativa de tempo de quatro a cinco anos foi ajudada pelos 10 a 15 anos de aprendizado do desenvolvimento do Galileo.
"Meu entendimento é que (o requisito) não é replicar todo o sistema, é realmente dar acesso ao Reino Unido ao que é conhecido como o sistema público regulado, que é um sinal de maior confiabilidade e segurança que pode ser usado por serviços (de emergência) ou as forças armadas", disse Paynter.
Mas o braço britânico da Airbus e de outras empresas britânicas está agora sendo impedido de trabalhar no Galileo antes da saída do Reino Unido da UE em 2019.
Paynter disse que, como resultado, as últimas ofertas da Airbus significariam a mudança do trabalho para fora do Reino Unido, onde tem operado o sistema de controle de solo para o programa nos últimos 10 anos.
"Essa é uma condição do processo de licitação e isso significa que para a Airbus licitar e ganhar esse trabalho, teremos que renovar todo o trabalho do Reino Unido para a França e Alemanha no primeiro dia desse contrato", disse ele.
(Por Sarah Young)
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