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CORREÇÃO-Cabify foca em consolidar operação no Brasil depois de expansão no país em 2017, diz presidente

09/01/2018 19h31

(Corrige no quarto parágrafo para 13 milhões de usuários no mundo, não 3 milhões)

Por Taís Haupt

SÃO PAULO (Reuters) - Depois de multiplicar por 20 seu faturamento no Brasil em 2017, a espanhola Cabify vai focar em consolidar seu serviço de transporte urbano por aplicativo no país este ano, em meio a um incremento da competição no setor, disse o presidente-executivo global da companhia, Ricardo Weder.

Em 2018, a Cabify deverá crescer 5 vezes no Brasil, reduzindo o ritmo enquanto busca fortalecer a área de serviços corporativos, disse o executivo.

"A presença da Cabify é muito pequena em comparação ao mercado brasileiro... Estamos estudando expansões para novas cidades, mas no momento nosso foco é nossa proposta de valor", disse Weder, comentando que a empresa deverá triplicar neste ano sua equipe de desenvolvimento tecnológico.

O executivo evitou comentar números, mas afirmou que a empresa está preparando uma plataforma para gerenciar as corridas contratadas por clientes corporativos e uma nova versão de seu aplicativo. A Cabify emprega 1.800 funcionários, tem 50 mil empresas como clientes e 13 milhões de usuários no mundo, disse Weder, acrescentando que a empresa registrou crescimento de 500 por cento na receita bruta global em 2017.

No Brasil desde 2016, a Cabify tem 200 mil motoristas cadastrados no país e está presente em oito cidades no Estado de São Paulo além de Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Curitiba, Brasília e Porto Alegre.

O Brasil deve se tornar neste ano um mercado mais acirrado, depois que a chinesa Didi Chuxing comprou o controle a brasileira 99 na semana passada. Mas Weder afirmou que a Cabify está "preparada para competir com grandes empresas em nível mundial".

Desde sua criação, em 2011, a Cabify recebeu 340 milhões de dólares de investidores, sendo 200 milhões voltados às operações no Brasil. Weder não comentou se a empresa buscará novas injeções de capital neste ano.

(Por Taís Haupt)