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China Mobile tem interesse em investimento na Oi, diz presidente da Anatel

29/11/2017 12h15

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Juarez Quadros, afirmou nesta quarta-feira que a operadora de telecomunicações China Mobile manifestou interesse em investir no grupo brasileiro em recuperação judicial Oi .

"Achamos que esse é um sinal de quer a empresa tem valor, quando tem grandes interessados em entrar", disse Quadros a jornalistas, após evento sobre processo de desligamento da TV analógica em municípios paulistas. Ele não deu mais detalhes.

Além do interesse da China Mobile citado por Quadros, a China Telecom também discutiu eventual investimento na Oi, segundo comentários do ex-presidente executivo da companhia Marco Schroeder em outubro. [nL2N1ME1OJ]

Ao comentar uma segunda medida cautelar da Anatel envolvendo a Oi, que trata do contrato de suporte ao plano de recuperação judicial da empresa, conhecido como PSA, Quadros explicou que a medida tem o objetivo de "determinar que todo e qualquer PSA ou outro tripo de documento do mesmo gênero que ela venha a celebrar, tenha de se abster de condições ruionosas ao processo e à situacao econômica e financeira da companhia".

Quadros disse que Anatel parou de analisar os PSAs caso a caso e deu um "corte genérico" para pautar todas as iniciativas que venham a ser negociadas.

O presidente da Anatel reiterou que entre os temas que estão sendo negociados dentro do governo para uma solução para a Oi está a edição de uma Medida Provisória para flexibilizar regras de pagamento de dívidas da empresa com o poder público, mas ele não deu detalhes.

A Oi deve à Anatel 11 bilhões de reais e ainda listou dívidas de outros bilhões de reais com bancos públicos como Banco do Brasil , Caixa e BNDES.

A assembleia de credores da Oi está marcada para o dia 7 de dezembro em primeira convocação, após seguidos adiamentos. A Advocacia-Geral da União (AGU) está liderando um grupo de trabalho do governo para propor soluções que possam ser aceitas por credores e garantam viabilidade para a companhia, uma das principais fornecedoras de serviços de telecomunicações para entes públicos.

(Por Leonardo Goy, edição Alberto Alerigi Jr.)