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Lucro líquido da TIM sobe 51,6% no terceiro trimestre e supera estimativa

08/11/2017 11h12

SÃO PAULO (Reuters) - A TIM Participações SA, a segunda maior companhia de telefonia celular do Brasil, divulgou na noite de terça-feira lucro líquido de 279 milhões de reais no terceiro trimestre, um aumento de 51,6 por cento em relação ao ano anterior, com os clientes se afastando de planos pré-pagos em meio ao fortalecimento da economia.

O lucro na TIM, que é controlado pela Telecom Italia SpA, superou a estimativa de consenso da Thomson Reuters de 261 milhões de reais.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) aumentou 17,2 por cento para 1,527 bilhão de reais, após a normalização das vendas de torres e outros itens, acima da estimativa de consenso de 1,481 bilhão de reais.

A TIM também informou que o conselho de administração aprovou a distribuição de 190 milhões de reais, ou 0,078574768 reais por ação, a título de juros sobre capital próprio (JSCP). O pagamento será iniciado no dia 24 de novembro.

Assim como a concorrente Telefônica Brasil, a TIM está se concentrando no crescimento do pós-pago e outras ofertas para aumentar os lucros, à medida que o país começa a se recuperar de sua pior recessão em um século. A TIM expandiu rapidamente sua base de consumidores 4G nos últimos trimestres, o que permitiu cobrar mais dos clientes devido ao aumento do uso de dados.

A cobertura 4G se expandiu para 2.401 cidades no terceiro trimestre, alcançando 86 por cento da população urbana. O número de usuários 4G atingiu 24,8 milhões de linhas, aumento de 81,6 por cento na comparação anual e penetração de 42 por cento da base total de usuários.

A receita líquida da TIM cresceu 4,7 por cento no trimestre na comparação anual, para 4,1 bilhões de reais. A receita de serviço móvel cresceu 5,8 por cento, na mesma comparação, impulsionada pelo crescimento de 8 por cento na receita gerada por cliente.

A receita de dados e conteúdo subiu 40,5 por cento na comparação anual e compensou "os impactos negativos da redução dos serviços de voz, do corte da tarifa de interconexão e do cenário macroeconômico ainda em processo de recuperação", disse a empresa.

(Por Raquel Stenzel, com reportagem adicional de Gram Slattrey e Jake Spring)