Startup de logística CargoX recebe novo aporte e prevê investimentos em tecnologia
SÃO PAULO (Reuters) - A startup brasileira CargoX, conhecida como "Uber dos caminhões" pretende manter investimento em tecnologia após sua terceira rodada de captação de fundos, com previsão de atingir lucro em 2018, disse o presidente-executivo da companhia à Reuters.
Nesta terça-feira a empresa criada em março de 2016 anunciou seu terceiro aporte, no valor de 66 milhões de reais, liderado pelo Goldman Sachs, que já havia investido na CargoX e participa do conselho de administração da empresa, e contou também com a participação de outros investidores, como Qualcomm e Soros.
Em todas as rodadas de investimentos, já foram captados 112 milhões de reais, informou a companhia.
Os novos recursos darão lastro para a expansão da CargoX pelo país e investir em tecnologia, disse à Reuters o cofundador e presidente-executivo da empresa, Federico Vega.
"A maior parte do dinheiro vai ser para contratar mais cientistas de dados e investir em mais tecnologias, como machine learning. Isso vai melhorar nossa capacidade de captar e processar informações", disse Vega.
Atualmente, a CargoX tem cerca de 200 funcionários e uma rede de 150 mil motoristas cadastrados. O modelo do negócio foca em conectar caminhoneiros a quem precisa transportar cargas, reduzindo a ociosidade dos caminhões nas viagens de volta.
Um dos projetos da companhia é a obtenção de informações geradas pelo tráfego de caminhões para transformá-las em dados úteis para softwares de veículos autônomos.
"A gente tem aberto nossa plataforma para pegar dados não somente do aplicativo do motorista, mas também do GPS do caminhão. Com todas essas informações a gente consegue mapear como seria o fluxo de caminhões do pais", disse Vega.
De acordo com o executivo, a companhia ainda está focada em crescimento, mas há possibilidade de obter lucro já em 2018.
"A previsão é que tenha lucro até o final do ano que vem, a menos que a gente decida fazer outra rodada de investimentos para crescer mais", afirmou Vega.
(Por Natália Scalzaretto; edição de Aluísio Alves)
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