Nem toda TV box é pirata: como saber se aparelho é legítimo ou não?

Com a queda de vários serviços de pirataria, como My Family Cinema e TV Express, muitos usuários começaram a reclamar nas redes sociais e em fóruns que suas tv box não estavam mais acessando esses apps. A Anatel (Agência Nacional das Telecomunicações) tem um guia que ajuda a distinguir se você está comprando um aparelho ilegal ou não.

Etiqueta, apps legais e preços

TVs box legítimas são adesivadas. Elas contam com um selo de homologação da Anatel, o que significa que o aparelho passou por uma série de testes de segurança e funcionamento em conformidade com as leis brasileiras.

Verifique a marca e o modelo no site. A agência criou uma página com os modelos homologados para facilitar. Caso você tenha dúvida, dá para checar o código de homologação na página do órgão.

Desconfie de promessas milagrosas. Acesso vitalício a canais pagos, filmes e séries (sem autenticação ou taxa de pagamento) é um indicativo de que produto é pirata.

Qual o problema de usar TV box pirata? Segundo a Anatel, além de oferecerem conteúdos que ferem direito autorais, prejudicando estúdios e canais de TV pagos, aparelhos não homologados podem monitorar rede, carregar códigos maliciosos e roubar dados pessoais dos clientes.

Ainda que nome seja "TV box", aparelhos podem ser tanto uma caixinha ou um "stick", conectado a uma porta da TV. Alguns exemplos de caixinha: Apple TV e Izy Play Full HD, da Intelbras. Quanto a "sticks": o Fire Stick, da Amazon; o Mi TV stick, da Xiaomi, e o Roku Streaming Stick.

Por que serviços estão caindo?

Operação realizada na Argentina encontrou núcleo de marketing e vendas de vários serviços. No fim de agosto, unidade especializada em cibercrime de San Isidro, na província de Buenos Aires, fez buscas em três edifícios que distribuíam pirataria. A ação teve apoio da Alianza, associação da indústria audiovisual que combate a pirataria na América Latina.

Serviços começaram a sair do ar durante o último fim de semana. Segundo a Alianza, processo correm em segredo de Justiça e principal tese é que desativação ocorre conforme o Ministério Público da Argentina avança nas investigações contra a organização.

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Não é possível saber números de pessoas afetadas, porém operação a Argentina contabilizou 4,6 milhões de assinantes pagos do Brasil. Ao todo, foram detectados 6,2 milhões de assinantes. Portanto, a maioria da operação tinha como clientes usuários brasileiros. Estima-se que organização movimenta entre US$ 150 milhões e US$ 200 milhões anualmente.

Argentina foi escolhida como hub por alta capacidade técnica a preços não tão caros. Segundo Jorge Bacaloni, presidente da Alianza, essas foram as principais razões de o país abrigar a operação. País concentrava operação de marketing e vendas, enquanto a administração, finanças e TI ficam na China.

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