EUA usam tática chinesa no 'TikTok made in USA', e Trump agrada amigos
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(Toda semana, Diogo Cortiz e Helton Simões Gomes conversam sobre tecnologia no podcast Deu Tilt. O programa vai ao ar às terças-feiras no YouTube do UOL, no Spotify, no Deezer e no Apple Podcasts).
O controle do TikTok nos Estados Unidos virou peça-chave na disputa entre EUA e China, com aliados de Donald Trump tentando assumir o comando do aplicativo. No novo episódio do DEU TILT, o podcast do UOL para os humanos por trás das máquinas, Helton Simões Gomes e Diogo Cortiz explicam como o embate político e tecnológico trava a venda da plataforma.
Ainda no governo Joe Biden, os Estados Unidos baniram o TikTok. Obviamente, isso não impediu ninguém de publicar dancinhas ou vídeos engraçadinhos, porque esse banimento foi suspenso algumas vezes, tanto é que ainda hoje o aplicativo funciona lá. Só que essa peleja está prestes a chegar a uma resolução, com uma solução curiosa de inspiração chinesa
Helton Simões Gomes
Desde 2024, o governo americano pressiona a ByteDance, dona chinesa do TikTok, a vender a operação do app no país para um grupo de empresas americanas ou de países aliados. O argumento é de segurança nacional e privacidade de dados, já que o TikTok é controlado por uma companhia chinesa.
O argumento é que o TikTok, sendo controlado por um grupo chinês, poderia trazer um risco de segurança nacional, com coleta indevida de dados, risco de privacidade, entre outros
Diogo Cortiz
No fim de setembro, Donald Trump assinou uma ordem que autoriza a compra do aplicativo por empresários americanos próximos a ele, entre eles Larry Ellison, da Oracle, Rupert Murdoch, dono da Fox News, e Michael Dell. Todos são bilionários, mas com pouca experiência em redes sociais, com exceção do fundo Andreessen Horowitz, investidor em plataformas como Twitter, Facebook e Roblox.
O grande impasse está no acesso ao algoritmo do TikTok, considerado a principal tecnologia da plataforma. A China tem poder de veto sobre qualquer negociação que envolva essa transferência, e o governo chinês classifica o código como um ativo estratégico.
Helton lembra que a situação remete ao caso do Google, que deixou a China após se recusar a seguir as regras locais. Desde então, qualquer empresa americana precisa de aval do governo chinês para atuar na internet do país, o que fortaleceu gigantes locais como Baidu e WeChat.
O Google foi pra Hong Kong, que é uma zona autônoma, e espalhou o seu serviço de lá. A China cortou esse fio e o Google ficou fora da China. Tentou voltar em 2016 e 2018 mas, a partir daí, toda e qualquer empresa americana que lide com a internet tem de pedir uma autorização do governo chinês
Helton Simões Gomes
Cortiz ressalta que, mesmo que a venda seja concluída, ainda restam dúvidas sobre como ficará a governança dos dados, a interoperabilidade e o controle do algoritmo. O prazo para uma decisão termina em janeiro de 2026.
As perguntas práticas seguem sem respostas. Se a operação do TikTok nos Estados Unidos for de fato vendida, o que vai acontecer com o aplicativo em si? Como fica a questão da governança dos dados, da transferência dos dados e também a interoperabilidade?
Diogo Cortiz
A China decidiu restringir a compra de chips de inteligência artificial dos Estados Unidos, especialmente da Nvidia, em resposta aos embargos históricos impostos por Washington. A medida acelera a autonomia tecnológica chinesa e pode redefinir o cenário global de semicondutores.
A disputa por chips de ponta, essenciais para treinar sistemas de IA, se intensificou depois que os EUA passaram a limitar exportações e vender versões enfraquecidas à China. Agora, Pequim afirma não querer mais esses produtos, apostando na produção interna e no fortalecimento de sua própria indústria de tecnologia.
A China cansou desse vai e vem. Podemos achar que a briga com a China em diversas áreas é só uma política do governo Trump, mas isso vem desde o governo Obama
Helton Simões Gomes
Brasil regula redes, mas deixa lacunas abertas difíceis de solucionar
O Brasil deu o primeiro passo para exigir verificação de idade nas plataformas digitais e redes sociais, após a sanção do ECA Digital. Helton Simões Gomes e Diogo Cortiz explicam como o país tenta equilibrar regras rígidas e incentivos para o setor de tecnologia.
O governo transformou a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) em agência reguladora, que agora precisa se estruturar para fiscalizar as novas regras. Ao mesmo tempo, antecipou isenções fiscais para data centers, favorecendo grandes empresas e atiçando o debate sobre direitos autorais e remuneração de conteúdo na tramitação do PL da IA.
E não é que, enfim, saiu a regulação das redes sociais e plataformas digitais aqui no Brasil? A gente tem falado bastante do assunto aqui em Deu Tilt, desde quando o programa começou, de PL da IA, ECA digital, de medida provisória para datacenters e, enfim, essas coisas começaram a caminhar.
Helton Simões Gomes
Meta Vibes e ChatGPT Pulse: IA quer sair do chat para invadir seu dia
O Meta Vibes e o ChatGPT Pulse mostram como a inteligência artificial está entrando de vez na rotina digital. Enquanto o Meta Vibes aposta em vídeos curtos gerados por IA, o Pulse, da OpenAI, transforma o ChatGPT em um assistente proativo, capaz de enviar notificações e agir sozinho para informar e lembrar o usuário. A disputa entre as big techs esquenta, e cresce o debate sobre o impacto do conteúdo sintético na web.
ChatGPT Pulse e Meta Vibes foram dois lançamentos de produtos para tentar colocar a inteligência artificial mais próxima das pessoas, do dia a dia dos usuários
Diogo Cortiz
































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