Maior eclipse solar do século: o dia em que o Sol vai sumir por 6 minutos

Em 2 de agosto de 2027, parte do planeta vai testemunhar um evento raro: o maior eclipse solar total do século 21. Por mais de seis minutos, o Sol "desaparecerá" completamente do céu.

Onde será visível

A sombra da Lua atravessará Espanha, Marrocos, Argélia, Tunísia, Líbia, Egito, Sudão, Arábia Saudita, Iêmen e Somália. Nessas regiões, o dia vai virar noite de repente. A luz do Sol será bloqueada, a temperatura cairá e até os animais se comportarão como se a noite tivesse chegado antes da hora.

Fora dessa faixa, grande parte da Europa, África, sul da Ásia e leste da América do Norte verá um eclipse parcial — quando a Lua cobre apenas parte do disco solar.

Mapa de visibilidade do eclipse solar total de 2 de agosto de 2027
Mapa de visibilidade do eclipse solar total de 2 de agosto de 2027 Imagem: Reprodução/ Time and Date

Luxor: o epicentro da escuridão

O ápice do espetáculo acontecerá na região de Luxor, no Egito, onde o Sol ficará completamente encoberto por 6 minutos e 22 segundos. De acordo com o site Space.com, especializado em astronomia, será o eclipse total mais longo em terra desde 1991 — e não haverá outro parecido até 2114.

Para efeito de comparação, o eclipse de abril de 2024, que cruzou a América do Norte, já foi considerado longo, com 4 minutos e 28 segundos de totalidade. O de 2027 vai muito além.

Essa duração extraordinária tem uma explicação astronômica: a Lua estará em seu perigeu, o ponto mais próximo da Terra. Nesse momento, sua sombra cobre uma área maior e mais intensa — uma faixa de 258 quilômetros de largura que percorrerá mais de 15 mil quilômetros, escurecendo cerca de 2,5 milhões de km² do planeta.

Segundo o site Time and Date, o cronograma previsto é o seguinte:

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  • Início do eclipse parcial: 07h30 (04h30 em Brasília)
  • Início do eclipse total: 08h23 (05h23 em Brasília)
  • Máximo do eclipse: 10h06 (07h06 em Brasília)
  • Fim do eclipse total: 11h49 (08h49 em Brasília)
  • Fim do eclipse parcial: 12h43 (09h43 em Brasília)

A coincidência cósmica

Eclipses solares totais só são possíveis por uma coincidência quase perfeita. O Sol é 400 vezes maior que a Lua, mas também está 400 vezes mais distante da Terra. Isso faz com que, vistos daqui, os dois astros pareçam ter o mesmo tamanho.

Quando se alinham com precisão, a Lua tapa o disco solar por completo, revelando a coroa solar, a atmosfera externa do Sol — uma estrutura de plasma tão quente e brilhante que normalmente é invisível. Durante esses minutos de totalidade, o céu ganha um tom crepuscular, estrelas surgem em pleno dia e o horizonte brilha em tons laranja e azul metálico.

Como observar o fenômeno

Assistir a um eclipse solar exige proteção. Óculos de observação com certificação ISO 12312-2 ou telescópios com filtros solares são indispensáveis para proteger a visão. Somente quem estiver dentro da faixa de totalidade pode tirar os óculos no breve momento em que o Sol estiver completamente encoberto.

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*Com informações de reportagem publicada em 08/04/2024

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