Ninguém sabe quando a inteligência artificial geral chega e o motivo é este

(Toda semana, Diogo Cortiz e Helton Simões Gomes conversam sobre tecnologia no podcast Deu Tilt. O programa vai ao ar às terças-feiras no YouTube do UOL, no Spotify, no Deezer e no Apple Podcasts. Nesta semana, o assunto é: Big Tech e o plano dos EUA para IA; iPhones do Brasil com IA; Quando chega a IA geral? A crise de ansiedade da IA)

Após gastarem bilhões no desenvolvimento de IA, as empresas de tecnologia disputam agora quem será a primeira a criar a desejada inteligência artificial geral. Há poucos consensos em torno dela, desde sua definição até quando ela seria alcançada.

A ideia mais aceita é que se trata de uma IA poderosa o suficiente para executar tarefas complexas mesmo tendo poucas informações e capaz de aprender sozinha até superar as capacidades cognitivas do ser humano.

É o Santo Graal da tecnologia. Todo mundo quer chegar nela, só que ninguém sabe o que é, onde está ou como fazer para encontrá-la
Diogo Cortiz

Outra dificuldade é determinar quando a AGI estará disponível. Há, no entanto, uma clara diferença de expectativa entre profissionais que atuam nas empresas para aqueles aqueles que trabalham na academia.

Sam Altman, CEO da OpenAI, afirma que é possível desenvolver a AGI nos próximos dois anos. Ele prometeu a Donald Trump que teria a nova versão de IA antes de o mandatário deixar a Casa Branca.

Seres humanos são construtores de ferramentas por natureza, movidos por um impulso intrínseco de entender e criar -- e é isso que tem feito o mundo melhorar para todos nós. Cada nova geração se apoia nas descobertas das anteriores para desenvolver ferramentas ainda mais poderosas: a eletricidade, o transistor, o computador, a internet e, em breve, a AGI
Sam Altman, CEO da OpenAI

Em postagem publicada no blog pessoal, Altman cita que "em 2025, poderemos ver os primeiros agentes de IA 'entrarem no mercado de trabalho' e transformar de forma significativa a produtividade das empresas".

Demis Hassabis, CEO da Deepmind, empresa do Google focada em pesquisa em IA, afirmou que a AGI pode estar disponível nos próximos cinco ou dez anos.

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Esses sistemas são extremamente impressionantes em certos aspectos. Mas ainda há coisas que eles não conseguem fazer -- e temos um bom caminho de pesquisa pela frente até chegarmos lá
Demis Hassabis, CEO da Deepmind

Na academia é outra história

O otimismo visto no setor privado não existe entre os acadêmicos. Não há consenso entre pesquisadores sobre quando a AGI deve aparecer. Mas há a concordância de o problema é o tipo de arquitetura usada para desenvolver os modelos atuaiss de IA.

Os mais conhecidos, do ChatgPT ao Gemini, usam a arquitetura "Transformer", apontado pelos pesquisadores como incapaz de levar a uma AGI.

Hoje o caminho está bifurcado. Você tem laboratórios de empresas que acham que vai chegar em dois ou cinco anos, indicando que é a combinação [da arquitetura] transformer com algumas outras coisas; e tem um monte de acadêmico falando que não vai chegar tão cedo, nem com a arquitetura transformer que temos hoje
Diogo Cortiz

Apple Intelligence no Brasil: por que a Apple fez IA virar commodity no iPhone?

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A maior aposta da Apple para inteligência artificial chegou ao Brasil. É o Apple Intelligence, que promete tornar diversas funções do iPhone mais espertas.

No novo episódio de Deu Tilt, o podcast do UOL para os humanos por trás das máquinas, Helton Simões Gomes e Diogo Cortiz explicam que a abordagem da Apple é diferente do restante do setor. Se empresas como Meta, Google e Microsoft lançaram suas próprias versões de LLM (Large Language Model), a Apple mirou em uma IA personalizada e voltada a funções já presentes nos aparelhos da marca.

Big Techs usam China para convencer EUA a driblar direito autoral na IA

Ainda que seja lar das empresas na dianteira da corrida da inteligência artificial, os Estados Unidos não têm um plano federal para a tecnologia. China e União Europeia, porém, têm há anos estratégias que são tocadas a todo vapor -o país asiático planeja atingir a soberania na IA em 2030. Para impedir a rival, a Casa Branca corre contra o tempo para criar o "Plano de Ação da IA".

Dentre as mais de 8,8 mil contribuições, muitas vieram de grandes empresas. Em Deu Tilt, o podcast do UOL para os humanos por trás das máquinas, Helton Simões Gomes e Diogo Cortiz explicam o que OpenAI, Google (Alphabet), Meta, Microsoft e Anthropic querem que entre e fique de fora da futura iniciativa da Casa Branca para impulsionar o setor.

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Há pontos que todas elas defendem, mas há outros apoiados com mais ênfase por algumas empresas do que por outras.

IA tem crise de ansiedade? Estudo mostra que sim, mas não é bem assim

Essa é boa. E veio de pesquisadores gabaritados da Universidade de Yale. Eles descobriram que o ChatGPT pode exibir sinais de crise de ansiedade após ser exposto a relatos estressantes, violentos ou trágicos. Isso quer dizer que a IA tem ansiedade, como nós humanos? Helton e Diogo contam que não é bem assim. Desculpe o gatilho para os ansiosos de plantão, mas, para saber por quê, você precisará ver o episódio.

DEU TILT

Toda semana, Diogo Cortiz e Helton Simões Gomes conversam sobre as tecnologias que movimentam os humanos por trás das máquinas. O programa é publicado às terças-feiras no YouTube do UOL e nas plataformas de áudio. Assista ao episódio da semana completo.

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