Ataque hacker paralisa maior produtor de fármacos contra câncer do país

O Ipen (Instituto de Pesquisas Energéticas), em São Paulo, está há uma semana com as atividades praticamente paralisadas devido a um ataque cibernético. O instituto é fornecedor do maior número de radiofármacos do Brasil, usados no tratamento e diagnóstico do câncer e outras condições.

O que aconteceu

Incidente cibernético foi comunicado no dia 28 de março. Como consequência, o site da instituição está fora do ar, além disso, servidores e estações de trabalho estão paralisados. Também foi suspensa a produção de radiofármacos e radioisótopos, usados para tratamento e diagnóstico de câncer e outras enfermidades.

No último fim de semana foi feito o isolamento de toda a rede computacional do Ipen para redução de danos. Ainda não se sabe a motivação do ataque.

"Ataque altamente sofisticado e organizado", avalia Cnen (Comissão Nacional de Energia Nuclear). Foram usadas diversas técnicas avançadas para ultrapassar as defesas de segurança, segundo nota à imprensa da Cnen, autarquia do Governo Federal, ligada ao MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação). O Ipen é uma unidade científica da Cnen.

Não se trata de um incidente trivial e, por isso, está recebendo grau máximo de prioridade
Nota do Cnen, sobre o incidente cibernético no Ipen

Apesar da gravidade, o Ipen afirma que não houve comprometimento da segurança física, radiológica ou nuclear. Com a indisponibilidade das páginas do Ipen, a comunicação sobre o incidente está concentrada nas páginas do Cnen.

Aproximadamente 90 mil pacientes em todo o país podem ser afetados com paralisação. A afirmação é da SBMN (Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear e Imagem Molecular), que diz ainda que a interrupção de fornecimento está prevista para durar duas semanas.

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