Alexa vai ficar mais esperta, mas você vai ter que pagar por isso

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A Amazon lançou uma versão turbinada da sua assistente chamada Alexa+. Ainda sem data para ser lançada no Brasil, ela chega em um momento em que caixas de som inteligentes estão em queda nas vendas, e a empresa tenta emplacar uma versão renovada dos dispositivos.
O que aconteceu
Alexa+ é uma versão paga da assistente pessoal da Amazon. Ela entende linguagem natural, é mais conversacional e promete a realizar mais tarefas. Panos Panay, gerente de dispositivos e serviços da Amazon, disse, nesta quarta (26), que com o novo serviço as pessoas não precisarão adaptar sua forma de falar para a Alexa entender.
Demonstrações exibem uma conversa com um dos chatbots inteligentes disponíveis. A diferença, diz a Amazon, é que eles serão personalizados (saberão suas preferências e se você tem alergia, por exemplo). "Sou sua nova amiga no mundo digital", disse a assistente em uma das interações.

Serviço custará US$ 20 por mês, mas será grátis para quem assinar o Prime (pacote de serviços que inclui entrega grátis de produtos, streaming de vídeo, entre outros itens). Por enquanto só vai funcionar nos EUA e em inglês com aparelhos Echo Show (do 8 ao 21) e vai ser liberado aos poucos. Não há previsão para chegar ao Brasil.
Compatibilidade da Alexa+ vai ser gradual, começando com dispositivos com tela nos EUA.
- Para dispositivos Echo sem tela, Alexa+ estará disponível em Echo e Echo Dot (2ª geração), lançados em 2017;
- Para dispositivos Echo Show (com tela), Alexa+ estará disponível tão antigos quanto o Echo Show 8 (primeira geração), lançado em 2019;
- Será ainda possível usar em smartphones com o app Alexa ou no computador via navegador.

Reservar jantar, agendar uma viagem no Uber, resumir o conteúdo de um arquivo e comprar entradas para um show. A Amazon promete que a Alexa+ vai realizar todas estas as funções por meio da conexão do serviço com parceiro. Será possível ainda pedir imagens de cachorros brincando do seu sistema de câmera, quando tiver integrado com a Alexa+. Ao assistir a um filme, será possível pedir para pular para uma cena específica -- como o momento em que toca "Shallow" no filme "Nasce uma estrela" devido à integração como Prime Video.
Queda de vendas e atratividade
Pico de venda de alto-falantes inteligentes ocorreu em 2021. Foram 134 mi de unidades comercializadas no mundo, segundo a consultoria de mercado IDC.
Desde então, tem havido uma queda de 15% a 20% todo ano na venda desses produtos. Segundo Francisco Jerônimo, VP para data e analytics da IDC, houve perda de interesse por uma questão de saturação do mercado (quem já tinha não viu a necessidade de comprar um produto novo) e a explosão de serviços de inteligência artificial.
Há quatro ou cinco anos, era interessante pedir para a Alexa tocar uma música ou pedir uma informação. Com o que é possível fazer com a inteligência artificial, esses recursos ficam menos extraordinários. Com a Alexa Plus, a Amazon quer dar nova vida aos produtos
Francisco Jerônimo, VP para data e analytics da consultoria de mercado IDC
A Alexa+ é também uma forma de incentivar as pessoas a atualizarem seus alto-falantes inteligentes. Atualmente, os modelos com tela serão os primeiros a receber as novas funcionalidades — segundo a Amazon, as caixas Echo Dot receberão algumas funções do Alexa+. No Brasil, o Echo Show 8 tem preço sugerido de R$ 1.399. Enquanto os modelos sem tela custam até R$ 600.
Alexa demorou anos para chegar ao mercado local em português brasileiro. A assistente chegou em 2019, quando nos EUA ela já estava liberada desde 2014. Resta saber se, para a inteligência artificial, o período de espera será tão longo e se os usuários terão de se adaptar à assistente ou a assistente entenderá naturalmente as solicitações.

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