Pix será trocado pelo Drex para espionar você? Entenda o absurdo da teoria
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(Toda semana, Diogo Cortiz e Helton Simões Gomes conversam sobre tecnologia no podcast Deu Tilt. O programa vai ao ar às terças-feiras no YouTube do UOL, no Spotify, no Deezer e no Apple Podcasts. Nesta semana, o assunto é: Trump, o presidente 'meme coin'; Pix, Drex e bitcoin; O Brasil pode ter uma tupinicoin?; R$ 1 trilhão: as criptomoedas no Brasil)
O Pix foi envolvido em uma grande polêmica este ano, mas não foi a última. A teoria da vez é que o governo brasileiro está criando um novo sistema para substituir o sistema de pagamento e conseguir controlar a vida econômica das pessoas.
Em entrevista ao Deu Tilt, o podcast do UOL para os humanos por trás das máquinas, Fabrício Tota, diretor de novos negócios do Mercado Bitcoin, explica que os boatos da vez miram o Drex, moeda digital criada pelo Banco Central.
Criada para transações entre instituições financeiras, o Drex é também o meio de pagamento por onde a moeda circula. Haverá, no entanto, uma modalidade voltada ao consumidor.
Essa ideia de que pode ser uma ferramenta de controle social é assustadora de fato, mas não vai acontecer. Acredito que vá ficar nessa camada interbancária, como uma camada de serviços. Esse tipo de controle não vai ser implementado
Fabrício Tota
O que são criptomoedas e moedas digitais
Confundir criptomoeda e moeda digital é normal. As criptomoedas rodam via blockchain, uma espécie de livro contábil, e de forma não permissionada, ou seja, qualquer pessoa pode interagir com ela e não há uma organização responsável. Já as moedas digitais até possuem essas características, mas são supervisionadas por uma autoridade central.
O Drex é sigla para a abreviação da expressão "Digital Real X". É a versão digital do real, tem transações registradas em blockchain, mas não é uma criptomoeda. Isso porque o BC supervisiona o Drex, que, segundo a entidade, "propiciará um ambiente seguro e regulado para a geração de novos negócios e o acesso mais democrático aos benefícios da digitalização da economia a cidadãos e empreendedores".
O boato sobre a substituição do Pix e até do dinheiro em espécie pelo Drex esquentou após a primeira transação realizada com a moeda em setembro de 2023 entre Caixa Econômica Federal e Banco Inter.
O Drex é um sistema com duas moedas: uma de atacado (a moeda virtual regulada) a ser usada para pagamentos entre o BC e instituições financeiras autorizadas; outra de varejo (que vem sendo chamada de real tokenizado) a ser emitida pelo mercado e que pode chegar ao consumidor final.
O Drex, criado pelo governo, foi pensado como uma estrutura (plataforma e moeda) entre sistemas financeiros para o mercado negociar e liquidar ativos. A teoria da conspiração é que o governo pode revogar o Pix e exigir que todos utilizem a nova ferramenta.
A Secretaria de Comunicação da Presidência da República já emitiu nota para desmentir o rumor de que o Drex substituirá o dinheiro em espécie e que a moeda digital foi criada para monitorar as transações financeiras das pessoas.
Em desenvolvimento pelo Banco Central do Brasil desde 2020, o Drexobedece princípios e regras previstos na legislação brasileira, em especial pela Lei do Sigilo Bancário e pela Lei Geral de Proteção a Dados Pessoais.
Secom
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Qual o tamanho do Brasil no mundo das criptomoedas? Fabrício Tota, diretor de novos negócios do Mercado Bitcoin, conta que nosso país "não é uma esquina do mundo". Em 12 anos, a corretora em que ele trabalha movimentou R$ 170 bilhões com esses ativos. Mas o mercado brasileiro já negociou 10 vezes mais, o que resulta em mais de R$ 1 trilhão.
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Fabrício Tota, diretor de novos negócios do Mercado Bitcoin, conta em entrevista ao Deu Tilt, o podcast do UOL para os humanos por trás das máquinas, os motivos da euforia, que já levou o bitcoin a ultrapassar o patamar histórico dos US$ 100 mil.
Os sinais de adesão de Trump ao mundo do bitcoin começaram ainda na campanha, explica Tota.
DEU TILT
Toda semana, Diogo Cortiz e Helton Simões Gomes conversam sobre as tecnologias que movimentam os humanos por trás das máquinas. O programa é publicado às terças-feiras no YouTube do UOL e nas plataformas de áudio. Assista ao episódio da semana completo.
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