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Google Agenda acena a Trump e remove datas ligadas à diversidade nos EUA

O Google removeu nesta semana celebrações culturais relacionadas à diversidade do calendário do próprio aplicativo de Agenda, nos Estados Unidos. Medida acena para políticas do presidente Donald Trump que atacam programas de diversidade, equidade e inclusão.

O que aconteceu

Mês da História Negra, das Pessoas Indígenas, da História da Mulher, do Orgulho, da Herança Judaica e da Herança Hispânica, além do dia da Memória do Holocausto foram removidos do Google Agenda. As mudanças foram reportadas pelos portais The Verge e New York Post.

Na página de suporte do Google Agenda, usuários criticaram a medida. "Agenda usada para render-se ao fascismo", afirmou uma das pessoas. "Esses bajuladores nos mostraram imediatamente quem são", disse outra. Recentemente, a empresa renomeou o Golfo do México para Golfo da América no Google Maps.

O Google confirmou que realizou as mudanças na Agenda. Ao The Verge, a empresa afirmou que decidiu por manter apenas feriados e datas comemorativas nacionais em todo o mundo. Segundo a nota, a inserção era feita de maneira manual, e eles não conseguiam inserir todos os eventos "de forma consistente em todo o mundo", o que motivou a decisão.

Empresas estão encerrando programas de diversidade, equidade e inclusão

Desde as vésperas da posse de Trump, várias empresas dos EUA reduziram ou encerraram seus programas de DEI (diversidade, equidade e inclusão). Uma delas foi a Meta, de Mark Zuckerberg. Em um documento, a empresa afirmou que "o panorama jurídico e político em torno dos esforços de diversidade, equidade e inclusão nos Estados Unidos está mudando" para justificar o encerramento dos programas.

McDonald's, Walmart, Boeing, Ford, Disney e o próprio Google foram outras grandes companhias que reviram políticas de diversidade, equidade e inclusão após a chegada do novo presidente. "Cada líder corporativo agora lida com o fato de que DEI em 2025 vai ser algo muito mais controverso, vai ser um risco, e isso é algo que eles terão que gerenciar", disse Lily Zheng, estrategista em DEI, à DW.

(Com DW)

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