Por que 2025 é o último ano para governo Lula regular as redes sociais?
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(Toda semana, Diogo Cortiz e Helton Simões Gomes conversam sobre tecnologia no podcast Deu Tilt. O programa vai ao ar às terças-feiras no YouTube do UOL, no Spotify, no Deezer e no Apple Podcasts. Nesta semana, o assunto é: O último ano para regular redes; IA x seu empregos; Zuckerberg e o 'não contrate humanos'; ChatGPT x IA da Meta)
A janela para regular as plataformas digitais está se fechando. O cálculo político já circula nas esferas do poder, segundo análise da professora de inovação, tecnologia e direito do IDP, Tainá Junquilho. E, se o governo Lula quiser tomar alguma dianteira no assunto, a hora é agora.
2025 já começou quente, para dizer o mínimo, em relação às plataformas. E é o último ano tanto para o governo quanto para o Supremo Tribunal Federal decidir sobre isso [regulação das plataformas]
Tainá Junquilho
Em entrevista ao Deu Tilt, o podcast do UOL para humanos por trás das máquinas, a especialista, também assessora parlamentar do Senado, conta que 2026, ano eleitoral, apresenta uma dificuldade maior natural para aprovar projetos.
É o tema do momento, até porque é um ano pré-eleitoral. É um ano em que políticos em geral estão se organizando em termos legislativos para controlar e trazer limites às plataformas, até para se preparar para as eleições de 2026. O que a gente espera para as eleições de 2026? Um ambiente de vale-tudo ou um em que a democracia e o jogo democrático, em especial a Constituição brasileira, devem ser respeitados?
Tainá Junquilho
Estabelecer limites para a atuação de plataformas digitais foi o mote do PL 2630, conhecido ora como PL das Fake News, ora como PL da Censura. Foi desidratado no ano passado pelo então presidente da Câmara, Arthur Lira, que prometeu um grupo de trabalho, nunca criado, para elaborar uma nova proposta.
Já o STF (Supremo Tribunal Federal) julga desde o ano passado se a plataformas online devem ou não ser responsabilizadas pela publicação de conteúdo de terceiros. A decisão da corte, que selará o destino do Marco Civil da Internet, é encarada como uma forma de regulamentar as redes.
Estamos falando de regulação da plataforma em si, que é o grande modelo de negócios das empresas de tecnologia. Só que também falamos de tecnologias que dão suporte para o ecossistema dessas Big Tech, como regulação de IA e a discussão sobre o Marco Civil
Diogo Cortiz
Na ausência de uma grande proposta reguladora e diante de projetos que criam lastros para uma determinada tecnologia, como a inteligência artificial, surge a pergunta: aos poucos, os parlamentares já não estão regulando as plataformas sem, de fato, criar uma regulação geral?
Para Tainá Junquilho, criar regras para uma ferramenta é importante, o que não exclui a necessidade de elaborar um marco para todas as plataformas.
Ao regular o PL 2338 [PL da IA] ou uma tecnologia de propósito geral, acaba atingindo de fato todos os setores que desenvolvem ou desenham esse tipo de tecnologia, da saúde às plataformas, em especial quando gera algum risco à democracia. Porém, isso não exclui o fato de que a gente precisa --para assegurar a nossa soberania-- de uma regulação de plataformas, seguindo inclusive outros países que já têm regulado essas plataformas
Tainá Junquilho
IA x empregos: de bicho-papão a criadora de empregos
Muita gente ficou com medo de perder o emprego quando a inteligência artificial generativa surgiu. Mas o 'bicho-papão da IA' já não assusta tanta gente.
O relatório "Futuro do trabalho em 2025", do Fórum Econômico Mundial, analisou as perspectivas de criação e destruição de postos de trabalho para daqui a cinco anos.
Se 92 milhões de empregos deixarão de existir, 170 milhões, ou seja quase o dobro, serão criados. Será que a sua profissão sumirá ou estará entre as que serão impulsionadas? Fora isso, muitos seres humanos passarão a lidar cada vez mais com a IA para trabalhar. Saiba como.
"Não contrate humanos": por que Zuckerberg curtiu essa ideia?
O que a Artisans, uma startup de IA praticamente desconhecida, e Mark Zuckerberg, CEO da multibilionária Meta, têm em comum?
Provavelmente não é o fato de a empresa iniciante ter recebido milhares de ameaças de morte após distribuir por toda San Francisco outdoors que diziam o seguinte: "Não contrate humanos".
De todo modo, a ideia controversa por trás da campanha de marketing faz a cabeça dos chefões das Big Tech. É isso, aliás, que aproxima startup e o chefão da Meta.
Tanto é que Zuckerberg não só curtiu a ideia, como a está implementando entre os engenheiros de Facebook, Instagram, Threads e WhatsApp.
ChatGPT x IA da Meta: Qual IA é a melhor do WhatsApp?
O WhatsApp de todo mundo foi invadido pela IA da Meta, aquele "círculo azul" que paira sobre todas as conversas.
Mas a inteligência artificial não é a única presente no aplicativo mais usado pelos brasileiros. Também está lá o ChatGPT, da OpenAI.
Deu Tilt promoveu uma disputa para responder de uma vez por todas a pergunta: qual IA é a melhor do WhatsApp?
A ferramenta vencedora não só ganhou, como venceu de goleada.
DEU TILT
Toda semana, Diogo Cortiz e Helton Simões Gomes conversam sobre as tecnologias que movimentam os humanos por trás das máquinas. O programa é publicado às terças-feiras no YouTube do UOL e nas plataformas de áudio. Assista ao episódio da semana completo às 15h.
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