Vida no planeta Terra tem prazo de validade? A ciência acredita que sim

"Se" e "quando" a Terra vai acabar são duas perguntas que há muitos anos a ciência, as religiões e os que adoram uma teoria da conspiração tentam responder. A verdade é que talvez o nosso planeta não acabe.

A maioria dos cientistas, no entanto, acredita que a vida que há na Terra, inevitavelmente, é que vai ter um fim. Só não sabemos como e quando isso acontecerá.

Pode parecer uma previsão bastante pessimista, mas a extinção da vida na Terra já aconteceu outras vezes ao longo dos mais de 5 bilhões de anos de sua existência.

Há 65 milhões de anos, por exemplo, os dinossauros foram extintos após um asteroide atingir nosso planeta. Logo, as chances dessas extinções em massa acontecerem novamente (e várias vezes) são grandes.

A quantidade de teorias sobre como isso vai acontecer é enorme, por isso, listamos apenas algumas que são as mais prováveis:

Fim do Sol, fim da Terra

Caso não haja nenhuma interferência da natureza (como tsunamis, enormes vulcões em erupção ou asteroides atingindo a Terra) ou do homem, a extinção do Sol é a causa mais provável para fim do nosso planeta.

Isso acontecerá porque a nossa grande estrela passará por um estágio natural de evolução, comum a todas as estrelas. Primeiro ela vai aumentar de tamanho e ficar ainda mais quente. Depois, se tornará mais fria, mais vermelho, e engolirá Mercúrio, Vênus, Terra e, deve chegar nas proximidades de Marte.

Em seguida, seu material inflado será abandonado para o espaço e restará um núcleo denso, que não mais produz a luz e calor de uma estrela.

Continua após a publicidade

A previsão é que esse processo comece daqui a cerca de 4,5 bilhões de anos. Mas antes mesmo desse estágio, as modificações estruturais do processo de evolução do Sol tornarão a vida na Terra impossível.

Com o Sol cada vez maior e mais brilhante, o calor poderá derreter todo o gelo do planeta e também secar de vez as águas dos oceanos. É mais difícil fornecer um tempo para isso, mas as previsões mais pessimistas falam em torno de 500 mil anos.

Asteroide certeiro

Um outro apocalipse que povoa o imaginário popular é com o impacto de asteroides.

Pequenos corpos celestes colidem a tempo todo com a Terra. Estima-se que cerca de 15 meteoroides —materiais que se separaram de asteroides ou cometas e acabam conseguindo entrar na nossa atmosfera— atinjam a superfície terrestre diariamente. Mas a maioria deles ou é muito pequena ou cai nos oceanos e regiões inabitadas, formando crateras e montanhas.

Objetos maiores com mais de cinco quilômetros de diâmetro podem causar grande impacto na atmosfera terrestre, mas suas colisões com a Terra são extremamente raras. O asteroide que foi responsável pela extinção dos dinossauros tinha 17 km de diâmetro e 2,6 toneladas por metro cúbico.

Continua após a publicidade

A boa notícia é que agora temos algo que os dinossauros não tinham: tecnologia capaz de monitorar objetos grandes que podem representar algum perigo: os chamados Objetos Próximos da Terra (ou NEOs, do inglês Near Earth Objetcs).

Se um dia, algum desses objetos for observado em rota de possível colisão, o monitoramento será feito décadas antes de isso acontecer e muito tempo para planejar o que fazer. Mas isso só aconteceria se o objeto fosse detectado com bastante antecedência.

Um teste feito pela Nasa mostrou que se um asteroide for descoberto a 56 milhões de quilômetros de distância da Terra, seria o nosso fim. Hoje, os especialistas demorariam de cinco a dez anos para deter uma catástrofe desse tipo.

Desastres naturais

Outras teorias mostram que tanto o nosso próprio planeta quanto os humanos que vivem nele podem ser responsáveis pelo fim da vida na Terra.

A destruição das florestas e a emissão dos gases de efeito estufa têm feito a temperatura da Terra aumentar. O resultado são alterações climáticas, derretimento de geleiras e desaparecimento de espécies.

Continua após a publicidade

Além disso, também corremos o risco de morrer de frio. A Terra já teve períodos gelados (ou as glaciações). Estudos mostram que esses períodos duram cerca de 100 mil anos, com momentos "interglaciais" entre eles, que são mais quentes. Nós estaríamos em um desses períodos interglaciais.

Isso sem citar possíveis tsunamis, supervulcões adormecidos que podem entrar em erupção, pandemias devastando populações inteiras e, até mesmo, guerras nucleares provocadas por nós mesmos.

* Com informações de reportagem publicada em 11/06/2021

Deixe seu comentário

O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.