Como Meta quer vetar golpe do remédio fake que usa Drauzio Varella
(Toda semana, Diogo Cortiz e Helton Simões Gomes conversam sobre tecnologia no podcast Deu Tilt. O programa vai ao ar às terças-feiras no YouTube do UOL, no Spotify, no Deezer e no Apple Podcasts. Nesta semana, o assunto é: Tá na cara que você cai em golpe com celebridade; O cemitério do Google em 2024; Os espiões de IA dos EUA)
O reconhecimento facial já foi bombardeado de críticas no passado. Mas os tempos mudaram —pelo menos é isso o que a Meta quer que você acredite. A empresa de Mark Zuckerberg abandonou a tecnologia há três anos, mas voltou atrás e, dessa vez, vai usar a ferramenta de uma maneira diferente.
Tem a ver com vídeos estranhos que circularam nas redes recentemente. Você já deve ter visto um deles, que mostra o médico Drauzio Varella vendendo o "Ultramaxx Gold", um produto voltado para disfunção erétil. Impulsionado nas plataformas da Meta, o vídeo usa sem autorização a imagem de Varella.
Qualquer pessoa que acordou de 2020 para cá já foi alvo de um golpe envolvendo celebridades
Helton Simões Gomes
No novo episódio de Deu Tilt, o podcast do UOL para os humanos por trás das máquinas, Helton e Diogo Cortiz explicam como a proposta da Meta evita que episódios como o do Drauzio se repitam.
Agora a Meta resolveu usar reconhecimento facial justamente para impedir que esse tipo de conteúdo circule, porque não é só celebridade que fica magoada com isso, tem muita gente que acredita no Drauzio Varella fake e acaba comprando esse produto que obviamente é uma enganação
Helton Simões Gomes
Além do Drauzio Varella, outras pessoas como o jornalista e apresentador Pedro Bial foram vítimas de deepfake e tiveram vídeos com suas imagens usados para vender produtos no mínimo duvidosos. Ambos processaram a Meta.
Para reverter a situação, a Meta vai fazer uma verificação entre fotos dessas celebridades e a imagem contida nesses vídeos. Se as imagens corresponderem, a empresa vai remover o vídeo do ar caso a pessoa não tenha autorizado a veiculação.
Por enquanto, esse tratamento vai ser destinado apenas aos famosos, para evitar a propagação de vídeos falsos. Para Helton, esse movimento terá um efeito nos usuários: impedir que sejam enganados por essas propagandas falsas que usam o rosto das celebridades para aplicar golpes.
Diogo Cortiz ressaltou que há um furo na estratégia. O reconhecimento facial funciona bem quando há muita similaridade, mas, se por acaso o deepfake for mal feito, talvez ele passe despercebido.
Helton explica que há parâmetros que a tecnologia de reconhecimento facial deve seguir, com base inclusive em aspectos matemáticos, que podem garantir maior precisão.
Se os golpistas fizerem um deepfake que é tosco, ou seja, um olho em cima e outro embaixo, e o modelo matemático identificar que os dados não batem vai passar porque é tosco. Mas aí vai ter que ser barrado por outro crivo: o do ser humano
Helton Simões Gomes
Do Chromecast ao Maps: por que o Google matou 30 serviços só em 2024
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Quero receberEu não sabia que tinham tantos serviços que o Google matava, mas depois de eu ver o tamanho do descampado, fiquei preocupado. O Google mata mais que coração gelado de ex
Helton Simões Gomes
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Agora, o uso da inteligência artificial foi longe demais. O Pentágono planeja encher a internet de pessoas com IA. E não é só isso: elas vão atuar como espiãs infiltradas.
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Diogo Cortiz
DEU TILT
Toda semana, Diogo Cortiz e Helton Simões Gomes conversam sobre as tecnologias que movimentam os humanos por trás das máquinas. O programa é publicado às terças-feiras no YouTube do UOL e nas plataformas de áudio. Assista ao episódio da semana completo às 15h.
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