Pesquisadores infectam Aedes aegypti para derrubar casos de dengue
O Brasil registrou, apenas em 2024, 6 milhões de casos de dengue, 220 mil de chikungunya e oito mil de zika. Todas essas doenças são transmitidas por ele, o mosquito Aedes aegypt.
Para tentar frear o avanço das enfermidades e reduzir as infecções, pesquisadores da UnB (Universidade de Brasília) colocaram em prática uma ideia ousada que envolve a bactéria Wolbachia, presente em insetos como abelhas e borboletas, mas não encontrada no Aedes aegypt.
Quando a gente infecta o Aedes com a Wolbachia, ele vive pela metade do tempo e ainda transmite muito menos vírus
Ana Bonassa, nunca Vi 1 Cientista
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No quadro "O brasileiro precisa ser estudado", do Brasil do Futuro, a divulgadora de ciência conta que o método foi criado na Austrália e começou a ser testado no Brasil em 2014, em várias cidades do país.
A técnica pode reduzir o número de casos de dengue, como também afetar os gastos com saúde.
Além de ser uma saída segura e econômica, também é uma solução sustentável, porque os próprios mosquitos mantém a bactéria circulando entre eles e reduz muito o uso de inseticidas
Ana Bonassa, Nunca Vi 1 Cientista
"É uma alternativa interessante porque é um agente que não agride o ambiente, sendo uma alternativa natural e autossustentável", destaca Henry Maia Peixoto, um dos responsáveis pelo estudo, em entrevista ao UnBCiência.
O Brasil já conta com algumas fábricas de mosquito, mas a Fiocruz, organização financiadora da pesquisa, já firmou acordo para que o país seja sede da maior fábrica de Aedes aegypti do mundo. Ela terá capacidade para atender, pelo menos, 70 milhões de brasileiros em 10 anos. A expectativa é que até 100 milhões de ovos sejam produzidos por semana.
Mais um trabalho excelente dos pesquisadores brasileiros que pode impactar --e muito-- a saúde pública do país e o meio ambiente!
Ana Bonassa, Nunca Vi 1 Cientista
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