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Adeus, ISS: Rússia vai construir sua própria estação espacial; veja maquete

Lançada em 1998 e permanentemente ocupada desde 2000, Estação Espacial Internacional é nosso laboratório na órbita da Terra; Rússia quer sair da cooperação já em 2024 Imagem: Nasa

Leticia Marques

Colaboração para Tilt

17/08/2022 18h15

A Rússia anunciou oficialmente que vai construir sua própria base espacial, a Estação de Serviço Orbital Russa, apelidada de Ross. A agência espacial do país, a Roscosmos, quer desvincular qualquer cooperação com os Estados Unidos na Estação Espacial Internacional (ISS) após 2024, quando o Kremlin finaliza todos os compromissos com os parceiros ocidentais.

A agência apresentou o projeto, incluindo uma maquete, na Army-22, exposição militar industrial em Moscou, nesta segunda-feira (15). Inicialmente, a nova estação operaria em quatro módulos, seguido por mais dois módulos e uma plataforma para serviço, o que seria suficiente para acomodar quatro cosmonautas (como são chamados os astronautas russos) e todos os equipamentos científicos necessários.

Maqueta mostra projeto simplificado da Ross Imagem: Reprodução/Roscosmos

A Ross é menor e mais simples que a atual estação, mas oferece uma visão mais ampla para monitorar a Terra, segundo a Roscosmos. Além disso, tem custos operacionais mais baixos, pois não depende de tripulação humana permanente; ela seria ocupada apenas algumas vezes no ano, para projetos ou estudos na microgravidade.

De acordo com a imprensa estatal da Rússia, o lançamento da primeira etapa da base espacial deve ocorrer entre 2025 e 2030; já o da segunda está previsto para entre 2030 e 2035.

Rússia planeja ter estação espacial própria após 2024, com visitas esporádicas de cosmonautas Imagem: Roscosmos

Rompimento com o Ocidente

Após a invasão da Ucrânia, países do Ocidente, principalmente os Estados Unidos, impuseram sanções econômicas à Rússia, para isolar ao máximo o país e forçar o fim dos ataques. Moscou, por sua vez, ameaçou sair da cooperação internacional quem mantém a ISS desde 200 — que também inclui Canadá, Japão e 11 países da Europa.

A ISS tem um segmento russo e um norte-americano, mas os tripulantes convivem livremente e um lado depende do outro: a energia para funcionar e o suporte de vida é fornecido pelos EUA; os motores para manter a ISS em órbita e fazer manobras necessárias são da Rússia. A Estação Espacial já tem data de morte: ela será derrubada no oceano Pacífico em janeiro de 2031.

A Nasa garante que ainda não ter recebeu nenhuma confirmação oficial sobre a desvinculação da Rússia da ISS em 2024 — pelo contrário, as últimas negociações apontavam que o país participaria da estação até, ao menos, 2028.

Já a China, que nunca foi convidada para participar da ISS, também está construindo sua pequena estação espacial, a Tiangong, que deve estar plenamente operacional até o final deste ano.

Com informações de The Guardian e Gizmodo

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