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Fã comemora fim do Internet Explorer com lápide e velório para o navegador

Foto mostra túmulo do Internet Explorer no rooftop de um café na Coreia do Sul; escrito em inglês na lápide diz: "ele era uma boa ferramenta para baixar outros navegadores" - AFP/Cortersia de Kiyoung Jung
Foto mostra túmulo do Internet Explorer no rooftop de um café na Coreia do Sul; escrito em inglês na lápide diz: "ele era uma boa ferramenta para baixar outros navegadores" Imagem: AFP/Cortersia de Kiyoung Jung

De Tilt, São Paulo

18/06/2022 12h59

O Internet Explorer, famoso navegador da web nativo do sistema operacional Windows, deixou de receber suporte técnico para o Windows 10 na última quinta-feira (15) — o que pode ser considerado o "fim" do aplicativo após quase 27 anos de atividade. Entretanto, o engenheiro de software sul-coreano Jung Ki-young viralizou após realizar um funeral e encomendar uma lápide para se despedir do browser.

A cerimônia de "enterro" do navegador aconteceu na cafeteria do seu irmão, na cidade de Gyeongju, na Coreia do Sul. A lápide, que custou 430 mil won (cerca de R$ 1,7 mil, na cotação de hoje), possui a letra "E", ícone do browser, bem como o epitáfio, em inglês: "ele era uma boa ferramenta para baixar outros navegadores".

A Microsoft acrescentou o Internet Explorer ao "clube dos 27" para dar suporte ao Edge, seu navegador baseado em Chrome, que se tornou oficial a partir do Windows 10.

Uma relação de amor e ódio

Para Jung, a oficialização da despedida é uma forma de demonstrar a sua relação convoluta com o navegador, que na maioria das vezes, dava muito mais trabalho para carregar páginas e abrir aplicativos online.

Em seu trabalho como desenvolvedor, era comum que muitos clientes pedissem compatibilidade com o finado navegador, já que ele foi o aplicativo padrão para muitos órgãos governamentais e instituições financeiras da Coreia do Sul.

"Dava um trabalho enorme, mas eu chamaria isso de uma relação de amor e ódio, já que o Internet Explorer dominou por uma era", conta a Reuters.

Inaugurado em 1995, o Internet Explorer foi sinônimo de navegação nas redes por muito tempo, uma vez que era parte integral dos sistemas Windows — e, para muitos que usavam os computadores apenas para tarefas básicas, era a única ferramenta conhecida. Seu uso, entretanto, foi desbancado pelo navegador do Google, o Chrome, no final dos anos 2000 e, pouco a pouco, passou a ser sinônimo de ineficiência.

Jung, que queria apenas arrancar umas risadas com a aposentadoria do navegador, ficou surpreso com o alcance da lápide que encomendou.

"Esse é outro motivo para agradecer ao Internet Explorer, agora ele me permitiu fazer uma piada que rodou o mundo todo", afirma. "Eu lamento que ele se foi, mas não sentirei falta. Então a sua aposentadoria, para mim, foi uma boa morte."

(*) Com informações de Reuters