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Mulher perde Apple Watch na Disney e descobre dívida de US$ 40 mil

Bruna Souza Cruz/Tilt
Imagem: Bruna Souza Cruz/Tilt

Ana Paula Coelho

Colaboração para Tilt*, em São Paulo

25/05/2022 16h57

A perda de um smartwatch durante um passeio na Disney custou um prejuízo de US$ 40 mil, segundo relato de uma mulher nos Estados Unidos. O Apple Watch que usava caiu de seu pulso enquanto ela visitava uma atração do parque em Orlando.

Ao que tudo indica, quem achou o relógio conseguiu fazer compras usando o sistema de pagamento por aproximação que estava habilitado no aparelho, segundo informações do site 9to5mac.

O que rolou?

O caso aconteceu no dia 13 de abril dentro da atração The Seas with Nemo & Friends (do filme "Procurando Nemo"), no parque temático Epcot Center.

Após constatar a perda do relógio, o marido tentou descer do brinquedo em que estava para resgatá-lo, mas foi impedido pelos funcionários. O casal (que não teve sua identidade revelada) foi informado que o item perdido seria recolhido e entregue a eles no hotel, por isso deveriam aguardar o final do passeio —o que não aconteceu.

O modelo do Apple Watch por si só já poderia causar dor de cabeça em caso de perda ou roubo, já que custava cerca de US$ 1.300 (algo em torno de R$ 6.253, na conversão direta e sem impostos). O aparelho em questão é de uma edição de luxo, uma parceria entre a grife francesa Hermès e a Apple.

Como foi possível gastar o dinheiro da vítima?

O que se sabe até agora é que o aparelho estava habilitado para pagamentos por aproximação. Um dos cartões não tinha limite de gasto definido.

A mulher descobriu as compras através de notificações recebidas em seu celular. Segundo o relatório registrado pela polícia local, há registros de US$ 40 mil usados indevidamente.

Não há informações públicas sobre como o dinheiro foi gasto ou como o sistema de segurança do smartwatch (chamado Apple Pay) foi burlado para autorizar as compras.

Uma das suposições é de que a senha usada pela mulher para confirmar as transações/desbloquear o relógio era fácil de ser adivinhada. Outra possibilidade é de que o aparelho não tenha identificado a tempo que estava fora do pulso.

A tecnologia por trás desse sistema é NFC (Near Field Communication). Com ela, é possível fazer a troca de informações entre dispositivos sem a necessidade de fios ou cabos. A distância média pode variar entre 10 e 4 cm.

No uso dela para pagamentos, basta colocar um aparelho perto do outro e a transação financeira é efetuada. Os dispositivos só precisam estar habilitados e serem compatíveis.

Cuidados para diminuir riscos de golpes

De modo geral, a NFC é uma tecnologia segura e difundida no Brasil e em diferentes países. Alguns modelos de cartão já trabalham com ela há um tempo —na pandemia, inclusive, sistemas de pagamento por aproximação ficaram mais populares.

Porém, ela não está isenta de situações de risco. Por isso, manter cartões e aparelhos habilitados com ela exige alguns cuidados extras para dificultar os golpes. Confira algumas dicas:

1. Sistema de pagamentos da Apple

O Apple Pay é a plataforma da empresa que permite o cadastro de cartões de crédito e o uso para pagamento por aproximação em alguns aparelhos, como relógio e celular da marca.

Caso você decida utilizá-lo, é importante criar e usar uma senha pessoal numérica que seja difícil de ser adivinhada (nada de datas de aniversário).

No Apple Watch você pode adicionar senha a qualquer momento, basta abrir o aplicativo configuração e seguir esse passo a passo:

  • Configurações > Senha > Ativar Senha >

No caso do iPhone, use também uma camada extra de segurança configurando a sua digital no Touch ID ou o rosto no Face ID para desbloqueio do aparelho.

Em caso de roubo ou furto, acesse imediatamente o serviço iCloud para que você possa apagar remotamente o telefone, diminuindo assim os riscos de acesso aos seus dados (do aparelho e do Apple Pay).

2. Crie uma barreira para cartões

Use carteiras para guardar cartões que utilizem a tecnologia de pagamento por aproximação. Em alguns países, por exemplo, as compras não exigem que o consumidor digite a senha em nenhum momento. Logo, basta aproximar e a transação é efetuada.

Sendo assim, essa barreira irá criar um bloqueio maior entre eles e os aparelhos de pagamento que estejam por perto sem que você perceba.

3. Mantenha limites de gastos baixos

Ajuste os limites de crédito dos cartões que possui em níveis baixos. Essa estratégia ajuda a manter o controle dos gastos e previne golpes de valores absurdos.

4. Sempre verifique o extrato bancário

De tempos em tempos analise o extrato bancário para confirmar se os gastos foram feitos por você. Em caso de dúvidas, entre em contato com o seu banco e com a operadora do cartão.

*Com informações do site Fox 35 Orlando