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Novo CEO? Após compra do Twitter, Musk pode ocupar chefia da rede social

Dado Ruvic/Reuters
Imagem: Dado Ruvic/Reuters

Lucas Santana

Colaboração para Tilt

06/05/2022 15h28

Depois de anunciar o acordo de comprar do Twitter, em uma operação avaliada em US$ 44 bilhões (aproximadamente R$ 224 bilhões), Elon Musk parece estar pronto para assumir o comando da rede social temporariamente, segundo o site de notícias CNBC, dos Estados Unidos.

O jornalista David Faber disse ter ouvido de fontes ligadas ao bilionário que ele deseja iniciar mudanças imediatas na plataforma, e que deve assumir o cargo de presidente-executivo (CEO) por alguns meses, antes mesmo da conclusão da compra, que precisa agora ser aprovada por órgãos reguladores. A mudança teria apoio do cofundador da rede social, o ex-CEO Jack Dorsey.

A informação de Faber segue a mesma lógica de uma fonte ouvida pela Reuters há algumas semanas. A agência publicou que Elon Musk já teria um novo nome para substituir o atual presidente-executivo, Parag Agrawal, que assumiu a posição no final do ano passado.

"Uma vez fechado o negócio, não sabemos para qual direção irá a plataforma", comentou Agrawal com funcionários após o anúncio da compra por Musk.

Caso assuma de fato a cadeira de chefia do Twitter, o bilionário controlará a empresa em um momento importante dentro do plano de negócios da companhia.

Os atuais executivos concentram seus esforços no aumento da base de usuários ativos e na aquisição de novos produtos. Musk não parece muito contente com a situação.

Recentemente, ele fez uma apresentação para investidores em que comentou que os lucros do Twitter eram muito baixos e que "havia muitos engenheiros que não estavam fazendo o suficiente" pela rede.

A rede social se recusou a comentar as informações.

Outros rumores

Um documento da Comissão de Valores Imobiliários do governo norte-americano mostrou que Musk colocou como garantia do negócio com o Twitter um valor próximo de US$ 7,14 bilhões.

Parte dessa grana teria sido obtida com títulos de patrimônio de amigos próximos a ele, no minúsculo clube dos bilionários, como Larry Ellison (fundador da Oracle) e de executivos da HoneyComb Asset Management, uma investidora da SpaceX.

Essa amizade de fortunas teria rendido a Musk mais de US$ 1 bilhão para garantir a transação.

Depois de anunciar a compra da empresa no próprio Twitter, o bilionário andou soltando outras informações sobre o que deve acontecer com a plataforma quando ele finalmente estiver no controle.

Musk indicou que usuários empresariais e governamentais podem ter que pagar uma "pequena" taxa para manter seus perfis no Twitter.

Além disso, a entrada de investidores estrangeiros para financiar a compra do Twitter por Elon Musk pode sofrer o mesmo tipo de escrutínio regulatório sobre segurança nacional que o TikTok enfrentou nos Estados Unidos, segundo especialistas.

Outro rumor é de que Vijaya Gadde, diretora de políticas e segurança jurídica da empresa, será a primeira "vítima" de Musk quando assumir o controle da companhia. Os dois até já tiveram alguns desentendimentos, quando o bilionário ainda era apenas um usuário ricaço da plataforma.

E mais: a imprensa norte-americana revelou que Jack Dorsey, fundador e ex-presidente executivo do Twitter, foi um dos amigos próximos que incentivaram Musk a comprar a rede social, junto com um círculo de sócios conhecido como "a máfia do PayPal".