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Após óculos, dona do Snapchat lança drone de bolso para selfies sem as mãos

Pixy: drone de bolso da Snap voa sem controle remoto e tira fotos e vídeos para redes sociais - Divulgação/Snap
Pixy: drone de bolso da Snap voa sem controle remoto e tira fotos e vídeos para redes sociais Imagem: Divulgação/Snap

De Tilt

01/05/2022 10h47

Snap, a empresa dona do aplicativo de rede social Snapchat, anunciou nesta semana mais um produto físico: depois dos Spectacles, óculos com câmeras que a marca estreou nos EUA em 2016, a companhia agora vende o Pixy, um drone de bolso que também vem com uma câmera.

Assim como os Spectacles, a ideia do Pixy é permitir que você tire fotos e grave vídeos para as redes sociais sem usar as mãos. Vendido apenas nos EUA e na França por US$ 230 (cerca de R$ 1.140 em conversão direta), o aparelho consegue voar e aterrissar sozinho, e cabe na palma de uma mão.

Para fazê-lo decolar, primeiro é preciso segurá-lo com a palma da mão aberta na altura dos olhos, para que a câmera reconheça o dono. Quando as hélices começam a girar, basta soltá-lo e ele ficará no ar, seguindo o padrão de voo que você estabelecer. Os padrões são:

  • flutuar (o drone fica parado);
  • revelar (o drone se afasta para mostrar mais do ambiente);
  • seguir (o Pixy segue o rosto do dono aonde ele for);
  • e orbitar (ele gira em torno do dono).

O Pixy pesa apenas 101 gramas e vem com uma câmera de 12 MP capaz de registrar 100 vídeos ou 1.000 fotos, que ficam armazenadas na memória interna de 16 GB do aparelho. As imagens são sincronizadas automaticamente com a conta do usuário no Snapchat via wi-fi.

Segundo a Snap, o Pixy só consegue reconhecer e rastrear rostos humanos — não serve para cães, gatos ou carros, por exemplo. A empresa também diz que ele funciona melhor rastreando uma pessoa só de cada vez, mas também pode ser usado em grupos.

pixy - Divulgação/Snap - Divulgação/Snap
O Pixy decola sozinho: basta esticar o braço na altura dos olhos
Imagem: Divulgação/Snap

Quando você quiser encerrar o voo, basta esticar a mão na mesma posição em que o Pixy decolou: graças à sua segunda câmera, que fica na parte de baixo do drone, ele consegue detectar o movimento e entende que é hora de pousar.

A bateria removível é capaz de abastecer de cinco a oito voos com duração de 10 a 20 segundos cada. Baterias extras serão vendidas por US$ 20 cada (cerca de R$ 100), além de um carregador de bateria de US$ 50 (R$ 248).

Por se tratar de um aparelho tão leve, o Pixy não deve ser usado em situações de forte ventania, segundo a Snap. A empresa também recomenda que ele não decole sobre a água ou outras superfícies brilhantes ou com forte reflexo, pois podem atrapalhar a câmera inferior que o drone usa para se localizar.

Em entrevista ao site norte-americano The Verge, Evan Spiegel, fundador e presidente-executivo da Snap, justificou a criação do Pixy: "somos uma empresa de câmera", afirmou. "Nossa missão é empoderar as pessoas para que elas possam se expressar, viver o momento, aprender sobre o mundo e se divertir juntas. E este produto faz exatamente isso."

Segundo Spiegel, o Pixy é mais uma aposta em publicidade do que, efetivamente, um produto com fins lucrativos. Mas ele acredita que o drone, por ser leve, prático e mais barato do que concorrentes do mesmo formato, pode vender mais do que os Spectacles.

"Depois de algumas versões [dos Spectacles], ficou muito claro que o mercado de óculos com câmera é realmente muito pequeno e restrito a pessoas que querem aquele ponto de vista em primeira pessoa. Acho que o mercado para o Pixy é maior."