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BBB 22: Recebeu vídeo íntimo vazado? Não compartilhe e siga estas dicas

BBB 22: Natália Deodato teve vídeo íntimo vazado Imagem: Reprodução/Globoplay

Guilherme Tagiaroli

De Tilt*, em São Paulo

19/01/2022 12h57Atualizada em 19/01/2022 13h09

Um vídeo íntimo envolvendo a participante do BBB22 Natália Deodato, 22, foi vazado indevidamente nas redes sociais. Sua equipe afirmou que está tomando as devidas providências e destacou que o compartilhamento do conteúdo é desrespeitoso. É bom lembrar que a exposição de pessoas em fotos e vídeos íntimos na internet é crime, com pena que vai de um a cinco anos de reclusão.

Por isso, caso você se depare com fotos ou vídeos sexuais em redes sociais (da participante do BBB ou de outras pessoas), dá para reportá-los para as principais redes sociais, como Twitter, Instagram e YouTube.

Botão denunciar do YouTube Imagem: Reprodução

Na maioria das vezes, há um ícone de três pontinhos próximo à postagem em que há a opção de Denunciar. Após reportar para a plataforma, eles analisam o conteúdo e, se for detectada a irregularidade, podem reduzir o alcance dele, num primeiro momento, e apagá-lo.

Importunação sexual

Compartilhar conteúdos íntimos pode fazer com que a pessoa seja enquadrada na lei que tornou crime a importunação sexual, com pena de um a cinco anos de prisão.

A Lei foi sancionada em setembro de 2018 e prevê que a publicação, compartilhamento e/ou a venda de imagens e vídeos de sexo, nudes ou pornografia sem consentimento é crime no Brasil. O mesmo vale para quem divulgar cenas de estupro.

Portanto, não só o autor da postagem original pode ser punido, mas também quem decide compartilhar o vídeo para outras pessoas.

O Código Penal brasileiro também proíbe "oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, vender ou expor à venda, distribuir, publicar ou divulgar, por qualquer meio — inclusive por meio de comunicação de massa ou sistema de informática ou telemática —, fotografia, vídeo ou outro registro audiovisual que contenha cena de estupro ou de estupro de vulnerável ou que faça apologia ou induza a sua prática, ou, sem o consentimento da vítima, cena de sexo, nudez ou pornografia", diz a legislação.

Por isso, a recomendação (e o bom senso) é: não compartilhe as fotos e vídeos vazados com conteúdo sexual.

Quero mandar nudes. Quais cuidados devo ter?

  • bloqueie seu telefone com senha: além de esta ser a primeira camada de proteção, afasta o acesso indevido de terceiros às suas informações pessoais. É bom ter isso em mente, já que nem sempre o vazamento de alguma intimidade é provocado por alguém com grandes conhecimentos cibernéticos;
  • converse com as pessoas ao seu redor sobre golpes na internet: sabe aquele link que chega pelo WhatsApp com alguma promoção ou com a promessa de dinheiro fácil? Nem todo mundo sabe que isso pode levar a uma invasão do celular.
  • ative um programa que permita apagar suas informações de um dispositivo: tanto Android quanto iOS possuem mecanismos para apagar seus dados à distância em caso de perda ou roubo. No sistema do Apple, você precisa acessar o aplicativo "Buscar". Quando encontrar o iPhone sumido, basta acionar a opção "apagar iPhone". No sistema do Google, vá a este site. Um detalhe: isso só funciona se o aparelho estiver com bateria e conectado à internet.
  • ative sempre, para todas as redes sociais que usar, a verificação em duas etapas: com este simples passo, você já barra grande parte dos problemas de clonagem e invasão de contas e aparelhos.

Viu e sumiu!

Outra opção para quem tem quer enviar um nude com maior segurança contra eventuais vazamentos é usar plataformas em que os conteúdos se autodestroem após um tempo. Apps como Snapchat, Instagram, Telegram, WhatsApp e Signal contam com essa funcionalidade — dá para configurar, por exemplo, por quanto tempo o arquivo ficará disponível para visualização — como um segundo ou 30 segundos — ou quantas vezes a pessoa poderá ver.

Dentre esses, o Snapchat, tem ainda um detalhe: ele avisa para você se a pessoa tentou fazer uma captura de tela enquanto visualizava o conteúdo.

Protegendo fotos e vídeos íntimos

Existem alguns aplicativos que ajudam a proteger a privacidade de suas fotos com senha e criptografia no celular.

Tanto o app Fotos, do iPhone, como o Google Fotos contam com opções para criar pastas trancadas.

Fora das opções nativas do celular, um dos apps mais populares é o Gallery Lock, cuja versão Lite do app é gratuita. Mas, se você não é bom para lembrar senhas, não instale, pois você corre o risco de perder todas as fotos.

Se instalar, usar e não gostar, precisa liberar os arquivos (desativando a função de escondê-los) antes de desinstalar, ou perderá tudo. O bom é que o app pode até esconder o ícone, fazendo com que as pessoas nem saibam que você o usa. Também dá para liberar e compartilhar os arquivos os descriptografando com rapidez.

O programa Ocultar Fotos (Secure Gallery) esconde fotos, vídeos e GIFs e também usa um modo invisível — que oculta o ícone. As mídias protegidas podem ser facilmente compartilhadas por redes sociais quando necessário. Esse é um ponto importante quando escolher um aplicativo para proteger seus arquivos. Você não vai querer perder 30 minutos todas as vezes que precisar enviar um arquivo.

Além de proteger suas fotos e vídeos, o Private Photo Vault ajuda você a descobrir se alguém anda fuçando em suas coisas. No relatório de intruso, seu smartphone registra foto e localização da tentativa de invasão.

*Com reportagem de Felipe Germano

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