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Como acabar com furacões devastadores? Esta empresa tem solução bizarra

Furacão Larry - Reprodução/NASA Johnson
Furacão Larry Imagem: Reprodução/NASA Johnson

Colaboração para Tilt

03/10/2021 04h00

A empresa norueguesa OceanTherm desenvolveu um sistema que acredita ser capaz de eliminar as chances de um furacão ganhar força. Chamado de "cortina de bolhas", tradução do termo em Inglês "bubble curtain", o recurso foi idealizado com objetivo de resfriar a temperatura do mar e, dessa forma, cortar o fornecimento de água quente de um furacão.

Na prática, funciona assim: por meio de navios e tubos, são formadas bolhas no oceano, com o objetivo de aumentar a temperatura da água do fundo do oceano — que, segundo o presidente executivo da companhia, Olav Hollingsaeter, são as mais frias.

Furacões são fenômenos atmosféricos que se originam em oceanos tropicais, se alimentam de águas a 26ºC ou mais. Por meio dessas águas, os furacões se intensificam e podem ficar mais perigosos. A ideia desse projeto é resfriá-los para diminuir seu poder de devastação.

"Sou um submarinista experiente e sabia que a água é mais fria no fundo do oceano. Então, meu pensamento foi: por que não usamos essa água fria no fundo do mar misturada com a água da superfície? Assim, reduzimos a temperatura da superfície do mar", disse Hollingsaeter ao site Fast Company.

A empresa ainda tem uma solução fixa, com tubos instalados em um determinado local sob o oceano, para áreas que são frequentemente atingidas por furacões.

O futuro da empresa

Só que os especialistas ainda se preocupam com as possíveis consequências do uso desse recurso no ecossistema.

"Quando você muda uma coisa, há um efeito de dominó que pode ocorrer. Com a maré vermelha da Flórida, você pode estar forçando um evento de ressurgência que faz com que essas células venham de baixo para cima", explica a engenheira ambiental nacional Oceânica e Atmosférica Tracy Fanara ao WFTX, estação de televisão afiliada à Fox.

A solução da OceanTherm ainda não foi testada em um cenário real. Mas a empresa planeja implementar seu sistema no golfo do México, maior golfo do mundo cercado por terras da América do Norte e Central.