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Bateria simples e longo alcance: veja as primeiras análises sobre AirTags

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Imagem: Reprodução

Colaboração para Tilt

23/04/2021 11h52Atualizada em 30/09/2022 09h55

A Apple mal lançou as suas tão esperadas AirTags —aparelho que rastreia de chaves à coleira do cachorro— e já tem jornalista estrangeiro testando a novidade. O veredito sobre elas parece ser unânime: o produto faz o que promete de forma simples.

Todos elogiaram o processo simples de configuração do produto e celebraram a função Precision Finding, que literalmente aponta onde o objeto perdido está com a ajuda do iPhone.

Matthew Panzarino, do TechCrunch, disse que elas são claramente inspiradas no método que a Apple criou para os AirPods. Já Chris Velazco, do Engadget, disse ter ficado impressionado com a potência do alto-falante. "Minhas chaves foram escondidas no quintal e pude ouvir o sinal da AirTag claramente, mesmo com os ruídos de crianças brincando e vizinhos cortando madeira. A não ser que sua TV esteja gritando, você não terá problema para encontrar o item perdido apenas pelo som."

Dieter Bohn, do The Verge, também curtiu o alto-falante. Segundo ele, o próprio corpo de plástico da AirTag é usado para amplificar o som. "É a vibração que faz o ruído", explica. "O som é bem alto, mas se a AirTag estiver espremida em algum lugar, isso vai reduzir o volume", ressalta.

Patrick Holland, da CNet, destacou que as AirTags usam baterias CR2032 —circulares e estreitas, muito usadas em relógios e pequenos eletrônicos. "Gostei que a Apple usou baterias que podem ser substituídas e que o acesso a elas é fácil."

Entre os pontos negativos levantados pelos jornalistas está a necessidade de adquirir outros acessórios para usar o aparelho em diferentes situações. Para Velazco, do Engadget, o design poderia ter uma argola de chaveiro, como os concorrentes, ou vir com uma fita dupla-face para colar a AirTag em objetos. Bohn, do The Verge, também reclamou que "desde o iPod nano um produto Apple não fica arranhado com tanta facilidade."

Apple AirTag - Divulgação - Divulgação
Imagem: Divulgação

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Busca Precisa: função comemorada

Um dos recursos mais comemorados por quem testou o produto é o Precision Finding, ou Busca Precisa em português. Se o iPhone usado para localizar a etiqueta tiver o chip U1 e a AirTag estiver dentro do alcance do recurso Bluetooth do celular (algo como dez metros), uma seta aparece na tela do aparelho e o guia até o objeto perdido. "O conceito é extremamente simples, exatamente como tem de ser", elogia Velazco.

Panzarino lembra que, na Busca Precisa, obstáculos podem afetar a propagação do sinal Bluetooth. "Demorava 30 segundos ou mais para obter uma localização inicial da AirTag em outro cômodo", conta. "Depois que ela era recebida, porém, as instruções para localizar o dispositivo eram atualizadas rapidamente e extremamente precisas."

Para ele, a função é um bom exemplo de como a realidade aumentada pode ser útil no mundo real: "uma seta virtual e outros identificadores visuais aparecem na tela para facilitar a localização da AirTag".

Buscar como diferencial

Esse tipo de produto não é novidade, mas a Apple tem a rede do app Find My —ou Buscar, em português— como diferencial: segundo a companhia, essa rede já tem perto de 1 bilhão de dispositivos conectados.

A equipe do The Verge optou por fazer um teste um pouco mais desafiador e que avaliou o alcance da rede do Buscar: Bohn enviou o colega Vjeran Pavic para outra cidade apenas com a AirTag. Ele não tinha celular, nem relógio inteligente ou qualquer outro aparelho de comunicação.

A única maneira de encontrar Pavic era torcer para que a AirTag fosse detectada por um aparelho conectado à rede do app Buscar e sua localização fosse descoberta. Demorou cerca de meia hora.

A Apple afirma que a AirTag não armazena dados: quando detectada por um aparelho da rede Buscar, a localização é transferida de forma encriptada e anônima.

Ecossistema Apple

Para Bohn, do Verge, o aparelho foi pensado cuidadosamente e demonstra as qualidades dos produtos da Apple. "É o produto mais Apple que vi nos últimos tempos. É um dispositivo para usuários da Apple que já adotam seu ecossistema."

Velazco, do Engadget, gostou da experiência, mas lamenta ter tido pouco tempo com a AirTag. "Por enquanto, tive uma ótima primeira impressão. (...) Ainda preciso fazer mais testes, mas para quem está no ecossistema da Apple, a compra é quase óbvia."

Quanto custa uma AirTag

A AirTag funciona com qualquer iPhone, iPodTouch, iPads, iPadOS com iOS 14.5. O design é simples e lembra uma moeda um pouco maior do que as de R$ 0,25, com um lado branco e o outro de aço inox.

As pré-vendas começaram nesta sexta-feira (23) nos EUA e AirTags serão entregues no país a partir da próxima sexta-feira (30). Por lá, cada uma está custando US$ 29 (o equivalente a R$ 158), e o pacote com quatro sai por US$ 99 (R$ 540). A disponibilidade no Brasil consta como "em breve" no site da Apple, mas custará aqui R$ 369, e o pacote com quatro, R$ 1.249.

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