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Internet fixa é considerada pior serviço no país. Qual a melhor operadora?

A banda larga fixa vem registrando queda nas avaliações dos brasileiros  - Getty Images/iStockphoto
A banda larga fixa vem registrando queda nas avaliações dos brasileiros Imagem: Getty Images/iStockphoto

Bruna Souza Cruz

De Tilt*, em São Paulo

13/03/2021 11h30Atualizada em 16/03/2021 08h55

A banda larga fixa foi o serviço de telecomunicações com as piores avaliações em 2020. É o que revela a pesquisa de satisfação e qualidade percebida da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), divulgada nesta semana.

Em uma escala de satisfação de 0 a 10, internet fixa registrou a nota 6,51. Foram realizadas 92 mil entrevistas em todos os Estados e o Distrito Federal, entre julho e novembro de 2020.

Desde 2015, quando a pesquisa começou a ser aplicada no Brasil, a banda larga fixa vem registrando queda nas avaliações. Naquele ano a nota havia sido 6,58.

O levantamento feito pela Agência considerou indicadores como: a satisfação geral, canais de atendimento, oferta e contratação, o funcionamento do serviço e os sistemas de atendimento telefônico para demandas e queixas.

Confira a seguir o ranking com as notas das operadoras que fornecem serviços de banda larga fixa:

  • Unifique - 7,76 (Santa Catarina)
  • Brisanet - 7,73 (com atuação em estados do Nordeste como Ceará e Paraíba)
  • Algar - 7,13 (Goiás e Minas Gerais)
  • TIM - 6,91
  • Vivo - 6,80
  • Sercomtel - 6,65
  • Claro/NET - 6,52
  • Sky - 6,08
  • Oi - 5,78
  • Hughes - 4,86 (atuação nacional)

De acordo com a avaliação dos entrevistados, a cobrança e a recarga (7,23), reparo e instalação (7,10) e oferta e canais de atendimento (6,82) conquistaram as melhores notas. Na outra ponta, a capacidade de resolução (6,06), atendimento telefônico (6,16) e funcionamento (6,45) foram os itens de maior reclamação.

Para os responsáveis pelo estudo, a pandemia e o aumento do uso da internet fixa influenciaram a avaliação dos usuários. O superintendente de controle de obrigações da Anatel, Gustavo Santana Borges, afirmou que este contexto aumentou a exigência das pessoas, o que se refletiu também nas reclamações, de acordo com informações da Agência Brasil.

"A partir de março tivemos pandemia, onde todas as pessoas passam a trabalhar de casa, estudar. Os picos antes eram noturnos, associados aos vídeos sob demanda. E o que se percebeu foi que aumentaram os picos 50% acima do volume de tráfego de antes, mas de manhã, à tarde e à noite. Muitas vezes você tem duas, três conexões simultâneas em casa", explicou.

Fábio Koleski, gerente de interações institucionais, satisfação e educação para o consumo da Anatel, acrescentou que o funcionamento da internet fixa não foi um problema. No entanto, criticou a falta de clareza das operadoras de telecomunicações diante de seus clientes.

"Ainda não existe pelas prestadoras uma clareza de o que o consumidor consegue com aquela velocidade que ele contrata, como que ele deve ser orientado a usar uma conexão doméstica. Toda uma parte de transparência na oferta da banda larga, nos aspectos técnicos que a gente sente que precisa melhorar muito", disse Koleski.

Telefone pós-paga

Ao contrário da banda larga fixa, os serviços de telefonia pós-paga foram os mais bem avaliados, pelo quarto ano consecutivo, com média de 7,49, de acordo com a mesma pesquisa da Anatel.

Notas das operadoras com serviços de celular pós-pago

  • Claro 7,75
  • Vivo 7,62
  • Tim e Algar 7,50 (cada uma)
  • Nextel 7,11
  • Oi 6,87

Já a telefonia pré-paga, ficou com a segunda colocação na percepção de qualidade de serviço, com média de 7,45. As notas completas foram:

  • Algar 7,79
  • Claro 7,66
  • Nextel 7,60
  • Sercomtel 7,43
  • Tim 7,42
  • Vivo 7,34
  • Oi 7,29

O terceiro e o quarto foram ocupados pela telefonia fixa, com nota média 7,36, e TV por assinatura, com 7,17.

Celular e TV por assinatura

As melhores avaliações na categoria pós-paga foram cobrança e recarga (7,69), funcionamento (7,61) e oferta e contratação (7,44). A capacidade de resolução (6,28), canais de atendimento (6,31) e atendimento telefônico (6,37) já foram os serviços com notas menores.

No setor de TV por assinatura, o funcionamento (8,39), reparo e instalação (7,71) e cobrança e recarga (7,37) foram indicadores positivos. As reclamações ficaram mais por conta do atendimento telefônico (6,39), da capacidade de resolução (6,50) e dos canais de atendimento (7,04).

*Com informações da Agência Brasil e Estadão Conteúdo

Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferentemente do informado, o ranking com as operadoras que fornecem serviços de banda larga fixa, destacado pela Agência Brasil, continha erros. Ele foi atualizado e corrigido. Agora, os dados mostram também as notas de outras empresas.