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OPINIÃO

Quais celulares intermediários de 2020 valem a pena?

Os melhores smartphones intermediários de 2020 Imagem: Divulgação/Montagem (Tilt)

Lucas Carvalho

De Tilt, em São Paulo

25/11/2020 04h00

Nem tanto ao mar, nem tanto à terra. Celulares intermediários são aqueles que tentam equilibrar funções básicas e avançadas com um preço acessível. Nem sempre são os melhores em custo-benefício, mas costumam convencer no desempenho sem desapontar (demais) em outros fatores.

Se procura um celular que dê conta do seu dia a dia, mas não quer gastar uma fortuna com um topo de linha, Tilt comparou as melhores opções da categoria lançadas neste ano no Brasil.

Moto G9 Plus

Moto G9 Plus ganhou "furo" na tela e abandonou o entalhe em formato de gota Imagem: Rodrigo Trindade/UOL

Se há uma linha de smartphones que virou sinônimo de intermediário é a Moto G, da Motorola. A mais recente e potente adição à família é o Moto G9 Plus, que traz elementos de um top de linha à faixa de preço mais equilibrada do mercado.

O segredo do Moto G9 Plus é o processador: um Snapdragon 730G, produzido pela Qualcomm. A linha Snapdragon 700 é geralmente indicada aos smartphones intermediários. Não é tão poderosa quanto a linha 800, mas dá conta do recado e ainda economiza energia da bateria.

A tela grande de 6,8 polegadas (17,2 centímetros na diagonal) é de LCD, que gasta um pouco mais de energia que o Oled de modelos mais caros e não é tão agradável de olhar. Mas este não é um LCD baratinho: a resolução e contraste são bons e não incomodam tanto.

A câmera tripla (ou quádrupla, se você contar o sensor de profundidade que não tira fotos, mas ajuda a deixar o fundo desfocado) é o ponto fraco do aparelho. Fotos em situações bem iluminadas não decepcionam tanto, mas as cores costumam sair mais frias que o normal. E o contraste não é dos melhores.

O desempenho, porém, compensa. A bateria de 5.000 mAh é capaz de manter o celular longe da tomada por até um dia e meio em média, dependendo do seu hábito de uso. E o processador levemente otimizado para games —que reforça os gráficos e o áudio para fones Bluetooth, por exemplo— garante jogos rodando em boa qualidade sem travar.

Lançado no Brasil pelo preço oficial de R$ 2.499, o Moto G9 Plus pode valer a pena se encontrado em alguma promoção por menos de R$ 2.000.

Ficha técnica: Motorola Moto G9 Plus

  • Tela: 6,8 polegadas (17,2 cm); LTPS LCD; 2,5 milhões de pixels
  • Câmeras: 64 MP (principal); 8 MP (ultra-angular); 2 MP (macro); 16 MP (selfie)
  • Processador: Snapdragon 730G
  • Memória: 4 GB de RAM
  • Armazenamento: 128 GB
  • Bateria: 5.000 mAh

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Huawei Nova 5T

Impedida de não poder mais usar os aplicativos do Google para Android, a chinesa Huawei ainda conseguiu lançar em 2020 o seu primeiro intermediário no Brasil. E não se preocupe: ele ainda vem com a loja de apps Google Play.

O que o Nova 5T tem de melhor é o desempenho. O processador Kirin 980, feito pela Huawei, é o mesmo do topo de linha P30 Pro. Por si só, não é um chip tão poderoso quanto o da Qualcomm, mas, aliado a 8 GB de RAM, garante rapidez em qualquer tarefa.

Além disso, o Nova 5T trabalha com uma tecnologia de aceleração de processamento gráfico que integra software e hardware. Esse conjunto ajuda a reduzir latência de imagens dos jogos, melhorando a performance dos comandos do jogador.

O conjunto de câmeras também consegue alguns dos melhores resultados nessa faixa de preço. São quatro sensores, mas apenas três lentes podem ser usadas (um deles apenas ajuda a desfocar o fundo de algumas fotos em modo retrato).

No nosso teste, a versatilidade das câmeras, além dos recursos de software (como o modo profissional que permite fazer alterações nas configurações padrão) agradaram. O celular tende a deixar as fotos mais saturadas, com cores mais intensas e agradáveis.

O grande defeito do Nova 5T é a logística da Huawei. É difícil comprar um celular da marca sem recorrer ao seu site oficial, já que ela ainda tem atuação tímida no Brasil. E a perspectiva para o futuro da empresa por aqui sem os aplicativos do Google não é das melhores. Mas se você conseguir comprar, o Nova 5T vale o preço oficial de R$ 2.999.

Ficha técnica: Huawei Nova 5T

  • Tela: 6,2 polegadas (15,7 cm); IPS LCD; 2,5 milhões de pixels
  • Câmeras: 48 MP (principal); 16 MP (ultra-angular); 2 MP (macro); 32 MP (selfie)
  • Processador: Kirin 980
  • Memória: 8 GB de RAM
  • Armazenamento: 128 GB
  • Bateria: 3.750 mAh

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Samsung Galaxy M51

Galaxy M51 tem a maior bateria do mercado Imagem: Divulgação

Entre os diversos intermediários que a Samsung lançou em 2020, o M51 é o que traz os melhores recursos. Ele tem tudo que o A51 (o mais vendido da marca) tem e ainda avança em muitos quesitos. Principalmente na bateria.

Sério, são 7.000 mAh de capacidade: a maior bateria de smartphone vendido no Brasil. Na prática, a fabricante diz que o M51 consegue ficar até 34 horas reproduzindo vídeos sem cansar.

Nós ainda não testamos o smartphone para ter certeza de que essa promessa se cumpre, mas, no papel, o M51 é imbatível. Até por conta da tela Amoled, que é mais brilhante que o LCD dos rivais, tem contrastes melhores, mas economiza energia ao desligar os pixels pretos.

A câmera tripla com sensor de profundidade também promete um bom desempenho. O conjunto é semelhante ao do A51, que acerta na saturação e ainda vem com modo noturno para clarear ambientes escuros. O resultado não é tão impressionante como o de modelos mais caros, mas dá para o gasto.

O processador é um Snapdragon 730G, que equilibra velocidade com economia de energia, garantindo uma performance competente sem prejudicar a bateria gigante. Tudo isso sem contar com os 6 GB de RAM que também reforçam o poder de fogo do aparelho.

Mas, afinal, qual é o ponto fraco desse smartphone? Para algumas pessoas, talvez seja o preço. O valor sugerido pela Samsung em seu site oficial é de R$ 3.499, o que o coloca bem acima dos rivais neste comparativo. Mas desde o lançamento ele é vendido pelo preço promocional de R$ 2.599, que é bem mais competitivo.

Ficha técnica: Samsung Galaxy M51

  • Tela: 6,7 polegadas (17 cm); Super Amoled; 2,5 milhões de pixels
  • Câmeras: 64 MP (principal); 12 MP (ultra-angular); 5 MP (macro); 32 MP (selfie)
  • Processador: Snapdragon 730G
  • Memória: 6 GB de RAM
  • Armazenamento: 128 GB
  • Bateria: 7.000 mAh

iPhone SE (2020)

Sim, até a Apple com seus smartphones supercaros tem um concorrente na categoria intermediário este ano. E há quem argumente que o iPhone SE de 2020 sequer possa ser considerado um intermediário, mas deveria ser tratado como topo de linha "barato".

Isso porque o desempenho do iPhone SE é digno de modelos mais caros. O processador é um A13 Bionic, usado pelos superpoderosos iPhones 11 do ano passado. Não é tão potente quanto o A14 Bionic do iPhone 12, mas ainda é melhor que muito intermediário Android por aí.

A pegadinha aqui é que o iPhone SE é, basicamente, um iPhone 8, de 2017, com o processador atualizado. Ou seja, a potência é de última geração, mas o visual é meio ultrapassado. E não é só uma questão estética: a qualidade da tela, por exemplo, é bem inferior.

O iPhone SE 2020 vem com um painel LCD de resolução HD — são só 1 milhão de pixels visíveis na telinha de 4,7 polegadas (11 centímetros de uma ponta a outra na diagonal) cercada de bordas gigantescas para os padrões de hoje em dia.

Isso não quer dizer que a tela seja ruim. Ela só não é tão boa quanto a dos concorrentes. Em sua defesa, o iPhone SE também tira ótimas fotos com um sensor equivalente ao do iPhone 11 Pro. Por outro lado, este é o único modelo da lista que vem com apenas uma câmera traseira. E a bateria também deixa um pouco a desejar.

Em troca desse pacote básico de funções, a Apple cobra R$ 3.699. É o intermediário mais caro da lista, mas é também a única opção de 2020 nessa categoria para quem é fã da marca.

Ficha técnica: Apple iPhone SE (2020)

  • Tela: 4,7 polegadas (11 cm); Retina HD (LCD); 1 milhão de pixels
  • Câmeras: 12 MP (principal); 7 MP (selfie)
  • Processador: A13 Bionic
  • Memória: 3 GB de RAM
  • Armazenamento: 64, 128 ou 256 GB
  • Bateria: 1.821 mAh

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Veredito

Assim como em qualquer faixa de preço, é difícil comparar Android e iOS. A ficha técnica do iPhone SE pode parecer a pior pelo preço mais alto, mas a arquitetura unificada dos produtos da Apple garante que eles tenham desempenho tão bom ou superior ao de qualquer Android com mais memória ou miliamperes-hora na bateria.

Sendo assim, se você é fã da Apple e não está disposto a comprar um Android, o iPhone SE é sua única opção. Mas se você busca um celular intermediário, suponho que o seu orçamento seja limitado. Sendo assim, vamos às opções com Android.

De todos os citados aqui, o Galaxy M51 é o que tem o melhor equilíbrio entre funções e preço. Ele tem a melhor tela, a maior bateria e, em tese, desempenho compatível ao dos rivais (com exceção do iPhone SE e do Huawei Nova 5T, que são superiores). Desde que o preço promocional se mantenha.

Se a promoção acabar, o Moto G9 Plus é a segunda melhor opção, com bom equilíbrio entre desempenho, preço e câmeras que, embora não sejam as mais fascinantes, dão conta do recado para quem não é entusiasta de fotografia.

O UOL pode receber uma parcela das vendas pelos links recomendados neste conteúdo. Preços e ofertas da loja não influenciam os critérios de escolha editorial.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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