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Em fenômeno raro, Marte estará mais próximo da Terra nesta semana

Foto de arquivo do planeta Marte feita pela Nasa, a agência espacial norte-americana - Nasa via AP
Foto de arquivo do planeta Marte feita pela Nasa, a agência espacial norte-americana Imagem: Nasa via AP

Gabrielle Pedro*

Colaboração para Tilt

05/10/2020 16h55

Quais serão os seus planos para esta semana? Se você gosta de astronomia, reserve a noite desta terça-feira (6) para olhar para o céu. Marte estará mais próximo da Terra em um fenômeno que só vai se repetir daqui 15 anos.

O planeta vermelho ficará a menos de 62,1 milhões de quilômetros da Terra. Considerando que a maior distância já registrada foi de 401 milhões de quilômetros, isso é bem mais perto.

Por isso, reserve um momento amanhã para observar o céu. Se o tempo ajudar, você poderá ver Marte a olho nu e no ponto mais alto do céu por volta das 00h05.

Se tiver sorte, também será possível observar Júpiter e Saturno brilhando intensamente mais perto do horizonte.

Por que isso acontece?

O encontro mais próximo possível entre os planetas é quando a Terra está mais distante do Sol e Marte está o mais próximo dele. Nesse ponto, os dois estariam separados por um mínimo de 54,6 milhões de quilômetros. Essa configuração é chamada de oposição e acontece a cada dois anos ou mais.

A abordagem mais próxima já registrada aconteceu em 2003, com apenas 55,7 milhões de quilômetros nos separando de Marte. Em 2018, algo parecido também ocorreu. Os dois planetas estiveram bem próximos, com apenas 57,6 milhões de quilômetros de distância.

A proximidade da Terra com Marte só deve acontecer novamente em 2035, quando a distância mínima deve chegar a 56,9 milhões de quilômetros. Ou seja, só estaremos tão perto quanto desta vez daqui a 15 anos.

Quando isso acontece, as organizações espaciais aproveitam essas curtas distâncias entre os planetas para fazerem expedições rumo ao planeta vermelho, já que é gasto menos combustível para chegar até lá. Este ano, foram feitas nada menos do que três, uma dos Estados Unidos, uma dos Emirados Árabes e outra da China.

*Com informações da Science Alert