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Criador da dança do caixão elogia médicos e conscientiza com bom humor

Benjamin Aidoo, dono da funerária Nana Otafrija na cidade de Prampram, em Gana, e criador da dança do caixão - Reprodução/Twitter
Benjamin Aidoo, dono da funerária Nana Otafrija na cidade de Prampram, em Gana, e criador da dança do caixão Imagem: Reprodução/Twitter

De Tilt, em São Paulo

05/05/2020 14h24

Você cansou do meme do caixão? Pois Benjamin Aidoo, ganense criador da dancinha fúnebre que viralizou nesses tempos de coronavírus, não só não cansou como está aproveitando a popularidade repentina para conscientizar a população. Em um tuíte nesta terça (5), ele pediu para as pessoas ficarem isoladas em casa em grande estilo.

Aidoo, dono da funerária Nana Otafrija na cidade de Prampram, em Gana, apareceu no vídeo com seus dançarinos todos vestidos de branco e usando máscaras de proteção para o rosto. O grupo bateu palmas para os profissionais da saúde que estão atuando na pandemia.

"Queremos agradecer a todos os médicos do mundo. Eles estão trabalhando duro e cuidando de todos. Agora lembre-se: fique em casa ou dance com a gente", diz Aidoo, antes de dar uma risada irônica.

Ele já tinha postado seu novo bordão em uma postagem há alguns dias.

Origem e repercussão

Segundo a página Memepedia.ru, a primeira postagem de rede social nesse estilo foi no TikTok, do usuário @lawyer_ggmu, em 26 de fevereiro. A edição cortando na hora H do "óbito" e entrando os dançarinos de caixão ao som de "Astronomia", canção do artista musical russo Tony Igy e remixada pela dupla holandesa Vicetone, já estavam lá, mas não exatamente como conhecemos.

Em 14 de março, também no TikTok, uma postagem trouxe o take mais famoso com os dançarinos encerrando o momento "fail".

Após o sucesso, Aidoo tem postado em suas redes sociais algumas postagens sobre o meme. Como por exemplo essa versão metal...

Ou essa no estilo videogame 8 bits.

Ou ainda com tijolos de Lego.

E entre uma piada e outra, mantém conscientizando as pessoas com bom humor.

O criador do meme tem dado muitas entrevistas à imprensa do mundo todo. "Depois desta pandemia, vamos sair pelo mundo e ensinar às pessoas o que fazemos", disse ele à BBC África.

Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo no mês passado, ele disse estar "achando ótimo" que as pessoas usem as imagens para se divertir durante o período de isolamento social.