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O que são as estrelas? Além do brilho, são usinas de energia espaciais

Divulgação/ESO
Imagem: Divulgação/ESO

Rodrigo Lara

Colaboração para Tilt

15/03/2020 04h00Atualizada em 16/03/2020 11h47

De maneira geral, as estrelas podem ser definidas como as usinas de energia do universo. O motivo para isso é por conta do que ocorre no seu interior: a fusão nuclear, que transforma hidrogênio em hélio e, assim, libera grandes quantidades de energia.

Isso ocorre na maioria das estrelas, mas nas que têm mais massa há ainda a criação de outros elementos químicos. Esse tipo de reação acontece só dentro desses corpos celestes, o que faz com que eles sejam o único lugar do universo capaz de criar elementos químicos.

Mas como nasce uma estrela? Esse é um processo que envolve nuvens de poeira cósmica e gás. Assim que surgem pequenas perturbações gravitacionais, o gás e a poeira começam a se concentrar, em um processo que não para até que se encontre um ponto de equilíbrio. Esse corpo é a chamada proto-estrela.

Enquanto a temperatura e a pressão no núcleo desse corpo aumentam, chega o ponto em que as condições ficam perfeitas para que a reação de fusão nuclear comece. Nesse momento, há uma estabilização: a partir daí, a agora estrela ficará de um determinado tamanho que depende diretamente da sua massa.

Assim como os planetas e seus satélites, o real formato de uma estrela é o esférico. Isso ocorre porque é a forma de equilíbrio de corpos com muita massa que são submetidos apenas à ação da sua própria gravidade, sem influência externa.

A luz emitida por uma estrela também pode variar. O que faz uma estrela brilhar mais do que a outra têm a ver, basicamente, com a massa e a distância de quem as olha. Em termos absolutos, estrelas maiores emitem mais luz. Mas, a intensidade dessa luz percebida varia de acordo com a distância do observador.

Por exemplo: um holofote a um quilômetro de distância invariavelmente parecerá mais fraco do que a luz de um celular se esse estiver mais próximo do rosto de quem observa.

Mesmo sendo as usinas de energia do universo, as estrelas têm uma existência finita. Aqui, o tempo de "vida" de um corpo celeste do tipo depende diretamente da sua massa. E como há uma variação enorme nesse sentido, não é possível estipular o quanto tempo de vida tem uma estrela em média.

O nosso Sol, por exemplo, tem uma vida prevista de 10 a 11 bilhões de anos, mas uma estrela que tenha 20 vezes a massa Sol viverá muito menos: algo em torno de 20 milhões de anos. Já uma com 1/5 da massa solar —estrelas menores são mais comuns— terá uma longa vida: algo em torno de 50 bilhões de anos.

Fonte: Roberto D. Dias da Costa, professor do Departamento de Astronomia do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo

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Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferentemente do que foi informado no texto, estrelas menores duram algo em torno de 50 bilhões de anos, e não 50 milhões de anos. O texto foi corrigido.