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Vem, meteoro! MIT faz plano para desviar "destruidores de planetas"

Asteroide próximo da Terra - Getty Images/iStockphoto
Asteroide próximo da Terra Imagem: Getty Images/iStockphoto

De Tilt, em São Paulo

21/02/2020 11h37

Embora as chances de um asteroide gigante atingir a Terra sejam bastante remotas, cientistas do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) querem estar preparados para evitar o pior. Uma equipe de pesquisadores desenvolveu um sistema para descobrir o melhor o método para evitar a colisão com o que eles descrevem como asteroides "destruidores de planetas".

Ao observar a massa e a cinética de um asteroide, a proximidade do "buraco da fechadura gravitacional" e a quantidade de tempo de aviso, eles acreditam que podem identificar a missão de maior sucesso para evitar uma catástrofe.

O próximo asteroide "assassino de planetas" deve passar perto da Terra em 13 de abril de 2029. Conhecido como 99942 Apophis — nome inspirado em um demônio da mitologia egípcia —, ele será um dos maiores a passar perto da Terra na próxima década.

Observações iniciais sugeriram que Apophis poderia entrar no buraco da fechadura gravitacional da Terra, ou seja, chegar perto o suficiente para que a gravidade do nosso planeta alterasse sua trajetória. Isso poderia colocá-lo no caminho certo para impactar a Terra em sua próxima passagem, em 2036. Posteriormente, no entanto, os cientistas concluíram que ele deverá passar com segurança nas duas ocasiões — mas os pesquisadores do MIT querem pensar adiante.

"As pessoas consideram principalmente estratégias de desvio de última hora, quando o asteroide já passou por um buraco de fechadura [gravitacional] e está caminhando em direção a uma colisão com a Terra", disse Sung Wook Paek, principal autor do estudo um comunicado à imprensa. "Estou interessado em impedir a passagem do buraco da fechadura bem antes do impacto da Terra. É como um ataque preventivo, com menos bagunça."

Um dos principais objetivos do estudo foi repensar o problema da "defesa planetária", disseram os pesquisadores, e criar soluções que não envolvam armas nucleares ou missões individuais, mas uma série de missões para atingir com mais precisão esses asteroides.

Eles simularam três cenários — o tempo seria o fator mais importante para determinar qual dos métodos seria o melhor.

1. Usar um projétil enviado ao espaço para tentar desviar o asteroide

2. Enviar um "observador" primeiro para obter medidas específicas do asteroide, para que um projétil mais preciso possa ser usado

3) Enviar dois observadores: um para medir o asteroide e outro para empurrá-lo um pouco para fora do curso antes que um grande projétil possa ser usado para garantir que ele perca a Terra, como um "jogo de bilhar cósmico".

Os especialistas garantem que a possibilidade de um asteroide realmente atingir a Terra é muito pequena e que a população comum não deve se preocupar com isso. "Isso realmente não me mantém acordado à noite", declarou Lori Gaze, diretor da ciência planetária da Nasa no ano passado à CBS.