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Hackers mudam ataque em "sequestro" de PC: agora pedem nudes para liberá-lo

Arte UOL
Imagem: Arte UOL

Vinícius de Oliveira

Colaboração para Tilt

20/02/2020 04h00

Sem tempo, irmão

  • Tática encripta arquivos de computador e impede acesso
  • Acesso é restabelecido após a vítima enviar fotos íntimas
  • Principais vítimas do ransomware são mulheres
  • Empresa lançou ferramenta grátis para ajudar vítimas a desencriptar os arquivos

Um novo tipo de esquema de crime digital está causando muita dor de cabeça para mulheres do mundo inteiro. Alguns devem ter ouvido falar do ransomware, que é usado para "sequestrar" arquivos do seu computador, com criptografia que impede acesso a eles. Normalmente, para "libertá-los" dos hackers, é preciso pagar um resgate em bitcoin ou alguma outra moeda virtual. Mas desta vez, a moeda de troca é outra: nudes.

A empresa de segurança Emsisoft confirmou que uma variação do vírus está pedindo fotos íntimas das vítimas. O malware exibe uma mensagem pedindo que sejam mandadas fotos dos seios das donas dos aparelhos para um endereço de email e assim recuperar o acesso aos arquivos.

"Esta versão do malware foi criada como uma pegadinha, mas isso não a torna menos problemática para aquelas mulheres que possam vir a ser atingidas por ela", afirmou o analista Brett Callow, da Emsisoft, em entrevista ao site da revista especializada Fast Company.

Para combater essa ameaça, a empresa lançou uma ferramenta de decodificação grátis que ajuda a desencriptar os arquivos infectados pelo malware. Assim, as vítimas não terão a necessidade de realizar qualquer tipo de pagamento para acessar os arquivos.

Esta não é a primeira vez que um malware solicita nudes como moeda de troca. Em 2017, a empresa de segurança digital Kaspersky também revelou a existência de um outro tipo de ransomware que pedia fotos explícitas para liberar o acesso aos computadores infectados.

Outros casos comuns são os de golpistas que usam aplicativos de paqueras para conseguir fotos íntimas e, depois, ameaçam as vítimas para não vazarem as imagens.

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