Quais emojis indicam alto risco de suicídio? Algoritmo monitora e descobre
O Crisis Text Line, um serviço de suporte à saúde mental, tem se concentrado em usar a tecnologia para ajudar aqueles que mais precisam. Por meio de um algoritmo, eles conseguem determinar quem mais precisa de aconselhamento. A organização se debruçou a estudar quais emojis e palavras as pessoas usam quando o risco de suicídio é alto, para conectá-las rapidamente a um conselheiro — e chegou a algumas conclusões.
Com base na análise de 129 milhões de mensagens entre 2013 e o final de 2019, a organização sem fins lucrativos descobriu que o emoji da pílula tinha 4,4 vezes mais chances de terminar em uma situação de risco de vida do que a palavra suicídio.
Outras palavras são 800 mg, acetaminofeno, excedrin e anticongelante: são duas a três vezes mais propensas a indicar perigo que a palavra suicídio. O emoji com lágrimas é igualmente de alto risco, de acordo com a Crisis Text Line.
O serviço tem uma lista de 100 termos com maior risco do que a palavra suicídio.
Esta não é a primeira tentativa da Crisis Text Line de entender como as pessoas se comunicam via texto. Em 2017, por exemplo, a organização usou inteligência artificial para analisar 22 milhões de mensagens: descobriram que a palavra ibuprofeno tinha 16 vezes mais chances de prever que a pessoa que enviava mensagens de texto precisaria de serviços de emergência do que a palavra suicídio.
Segundo o site Mashable, Bob Filbin, cientista chefe de dados da Crisis Text Line, disse esperar que a inteligência artificial esteja aumentando a capacidade da organização de detectar o risco de suicídio de maneira mais rápida e precisa. Quando o algoritmo sinaliza uma mensagem como de alto risco, a conversa é codificada em laranja para que os conselheiros saibam imediatamente perguntar se o usuário possui um plano ou método, entre outras questões.
Para pedir ajuda, o Ministério da Saúde oferece o serviço de ligações para o CVV (Centro de Valorização da Vida), que auxilia na prevenção do suicídio e dá atenção a pessoas que sofrem de ansiedade e depressão. Para falar com um voluntário treinado para esse tipo de situação, basta discar o número 188 pelo telefone. A assistência também é prestada pessoalmente, por e-mail ou chat no site (cvv.org.br).
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