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Para evitar contágio, paciente com coronavírus nos EUA é tratado por robô

Equipe médica tem usado robô para evitar contato com paciente que tem coronavírus - Reprodução/CNN
Equipe médica tem usado robô para evitar contato com paciente que tem coronavírus Imagem: Reprodução/CNN

Felipe Oliveira

Colaboração para Tilt

27/01/2020 16h17

Sem tempo, irmão

  • Equipe médica tem auxílio de robô no tratamento do 1º paciente com coronavírus nos EUA
  • Robô é equipado com estetoscópio e envia os dados do doente por meio de uma tela
  • Objetivo é evitar ao máximo o contato com o homem para não espalhar o vírus
  • Contatos próximos ao doente passarão por exames diariamente

A primeira pessoa diagnosticada com o coronavírus nos Estados Unidos está sendo tratada pelos médicos com o auxílio de um robô, que extrai os dados e sinais vitais do doente, segundo informações da CNN. O objetivo, de acordo com o Dr. George Diaz, chefe da divisão de doenças infecciosas do Centro Médico Regional de Providence, em Everett, Washington, é evitar ao máximo o contato com a equipe médica.

O paciente, que tem 30 anos, está em uma maca especial em uma área isolada do hospital. Assim, o robô, que é equipado com um estetoscópio, envia os dados para que a equipe médica possa tomar as providências. "A equipe de enfermagem move o robô para que possamos ver o paciente na tela e conversar com ele", disse Diaz à CNN.

O chefe de divisão de doenças infecciosas afirmou ainda que o hospital fez alterações após o surto de ebola, na África, e que havia testado o protocolo para pacientes com doenças altamente contagiosas há duas semanas.

"É por isso que estabelecemos protocolos que nos permitem tratar pacientes com doenças infecciosas de uma maneira que possamos isolá-los sem espalhar o vírus a ninguém", informou Diaz.

O homem foi diagnosticado com o vírus na segunda-feira, 20 de janeiro. Um dia antes ele havia procurado os médicos e afirmado estar com os sintomas do novo coronavírus, além de ressaltar que havia viajado recentemente para Wuhan, na China - local onde o vírus surgiu e passou a se espalhar.

De acordo como Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) norte-americano, a condição do paciente é estável. O CDC recomendou testes adicionais no paciente para procurar "a presença contínua do vírus", segundo o Dr. Dias. "Eles estão olhando para ver quando o paciente não está mais contagioso."

Contatos próximos serão monitorados

Os "contatos próximos" do paciente, morador do condado de Snohomish, serão chamados diariamente e ativamente monitorados quanto a qualquer sinal da doença, segundo a CNN. As autoridades do estado de Washington afirmaram que 43 pessoas tiveram contato com o homem desde que ele retornou de Wuhan, na China.

De acordo com o CDC, serão considerados "contatos próximos" qualquer pessoa que interagiu e permaneceu a menos de um metro e meio de distância da pessoa infectada ou teve contato direto com suas secreções.

Até esta segunda-feira, 81 pessoas morreram e 2.744 foram infectadas na China. O prefeito de Wuhan, Zhou Xianwang colocou o cargo à disposição após admitir, em entrevista à emissora de televisão estatal chinesa, que havia escondido informações sobre o surto. Ele ainda confirmou que pelo menos 5 milhões de pessoas deixaram a cidade antes do isolamento, o que pode ter contribuído para a disseminação do vírus pelo país.

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