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Lime, empresa de compartilhamento de patinete, encerrará operação no Brasil

Lime foi a primeira estrangeira do ramo da micromobilidade a operar no Brasil - Philippe Lopez/AFP
Lime foi a primeira estrangeira do ramo da micromobilidade a operar no Brasil Imagem: Philippe Lopez/AFP

Rodrigo Trindade

De Tilt, em São Paulo

09/01/2020 15h57

A Lime, multinacional de compartilhamento de patinetes, encerrará suas atividades no Brasil e em toda a América Latina. Presente em São Paulo e no Rio de Janeiro desde o começo de julho de 2019, a empresa informou que irá desligar gradualmente a operação brasileira "como parte de uma estratégia global para alcançar sustentabilidade financeira".

Alguns usuários do serviço receberam, por email, a notícia. Na capital paulista, as patinetes deixarão as ruas nas próximas semanas. No Rio de Janeiro, a previsão é que elas sejam tiradas de circulação nos próximos meses.

"A Lime tomou a difícil decisão de finalizar a operação no Brasil, assim como em outras cidades da América Latina e em outras regiões, para concentrar recursos em mercados que nos permitam atingir nossas ambiciosas metas para 2020. Somos gratos aos membros da nossa equipe, usuários, Juicers e toda comunidade que nos apoiaram durante essa jornada", informou a empresa em um comunicado.

No fim de novembro, a Lime havia divulgado um relatório que apresentava um balanço de operações no Brasil. Em quatro meses, as patinetes da empresa percorreram 800 mil km — equivalentes a 150 mil corridas de carro e economizando 250 toneladas de gás carbônico.

Além do Brasil, a empresa estava em outros sete países da América Latina. Juntos, eles totalizaram 2 milhões de viagens até novembro. "Agradecemos a parceria que desfrutamos com São Paulo e Rio de Janeiro e esperamos poder retornar a operação Lime em uma hora mais oportuna", completa o comunicado.

Os usuários que tiverem crédito no serviço poderão pedir reembolso no site da empresa, assim como guardá-lo na conta para usar nas cidades onde ela continuar operando.

Com a saída da Lime, o cenário de micromobilidade brasileiro volta a ser dominado por Grin e Yellow, que fazem parte da mesma holding, a Grow, sediada no México. Como concorrentes, ela tem a Uber, que lançou sua operação de compartilhamento de patinetes no Brasil em dezembro — cumprindo uma promessa — e a Tembici.

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