Como influenciadores fingem ser ricos no Instagram? Conta revela truques

Sem tempo, irmão
- Conta do Instagram procura usuários que tentam ludibriar seguidores com imóveis alugados e relógios falsos
- Segundo responsável, 'gurus' tentam convencer jovens a comprar cursos online em busca de sucesso
Carrões, imóveis de luxo, festas badaladas... Tudo isso pode ser visto em contas de pessoas ricas no Instagram, certo? Mas quem disse que todos os registros são sempre reais?
Criada em fevereiro deste ano, a conta @BallerBusters dedica seu tempo a desmascarar truques que influenciadores usam para fingir riqueza na rede social. O desempenho atraiu mais de 23 mil seguidores e a atenção do jornal The New York Times.
A ideia, segundo o diário, é "expor falsos empreendedores" e procurar "pessoas que não 'agem conforme seus salários'". "Frequentemente, são pessoas que se dizem empreendedoras e que se gabam do dinheiro, dos carros, dos relógios ou da influência, mas que parecem que não têm dinheiro capaz de bancá-las. Em muitos casos (...), usam esse estilo de vida para vender mentoria, associações ou aulas online", descreve.
Mas que tipo de truque essas contas usam para parecer mais ricas? O próprio jornal descreve um exemplo.
"Recentemente, a conta mirou em um empresário que diz ser um adolescente. Ele afirma ter comprado uma mansão de US$ 8 milhões; a BallerBusters encontrou fotos que mostravam que a casa era uma propriedade de aluguel do Airbnb", conta.
Não é só. Os posts da conta - fechada para não seguidores - mostram ainda influenciadores que posam com falsos relógios de luxo, carrões emprestados ou em jatos particulares alugados. O responsável pela conta, cuja identidade não foi revelada pelo jornal, afirma que se dedica a desmascarar uma nova tendência no Instagram: os jovens gurus de negócios.
Ainda segundo o jornal, o responsável pela conta afirma ter recebido diversos depoimentos de pessoas que se disseram enganadas por contas de tais influenciadores - os adolescentes são parte considerável desse público. As vítimas pagam por cursos ou programas de mentoria dos falsos empreendedores, ou para serem adicionadas ao círculo de "amigos íntimos" dos stories do Instagram, de forma a receber conteúdo exclusivo.
"Estes adolescentes sabem que é possível fazer dinheiro na internet, e é comum que tenham amigos que conseguiram. Mas eles acabam pagando por maus conselhos", descreve o The New York Times. Segundo o administrador da conta, os influenciadores estão "criando uma vida nas redes sociais que não é real".
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