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Oi? Desafio online de beijar vaca causa polêmica na Áustria

"Bitoquinha" na vaca? Governo da Áustria não aprova - Reprodução/Universcity
"Bitoquinha" na vaca? Governo da Áustria não aprova Imagem: Reprodução/Universcity

Thiago Varella

Colaboração para o UOL

17/05/2019 17h56

O governo da Áustria alertou os internautas do país a evitar um desafio online que soa esquisito por aqui, mas que corre o risco de viralizar por lá: o beijo em vacas. Segundo as autoridades, o ato seria "um incômodo perigoso".

Mas por que os austríacos iriam beijar esses animais? Tudo começou com um aplicativo suíço chamado Castl que lançou o #KuhKussChallenge (Desafio do Beijo na Vaca), na última quarta-feira (15). A ideia era, bem, essa mesmo, de encorajar os suíços e habitantes de outros países de língua alemã a beijar vacas para arrecadar dinheiro para caridade.

A ministra da Agricultura da Áustria, Elisabeth Koestinger, ficou tão assustada com a história que divulgou uma nota, na quinta-feira (16), para alertar sobre os perigos do desafio.

"Pastagens e prados não são zoológicos para acariciar bichos. Ações como essas podem trazer sérias consequências", afirmou, frisando que as vacas, aparentemente inofensivas, podem se tornar agressivas quando defendem seus bezerros.

Ações como este desafio vão contra nossos esforços para promover a coexistência nas pastagens. Simplesmente não consigo entender
Elisabeth Koestinger. ministra da Agricultura da Áustria

A criação de gado é um pilar importante da economia das regiões montanhosas da Áustria e, frequentemente, a atividade é perturbada por turistas.

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A Arte da Máquina

Em fevereiro, um tribunal na região do Tirol causou polêmica depois de ordenar a um agricultor que pague 490 mil euros (cerca de R$ 2,24 milhões) em compensação ao viúvo de uma mulher que foi pisoteada até a morte por um rebanho de suas vacas em 2014.

O fazendeiro está apelando da sentença e está sendo apoiado pela federação de fazendeiros da Áustria, que advertiu sobre o "fim de nossas pastagens nas montanhas" se o veredicto for confirmado. (Com informações da AFP)