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Evoluiu: Motorola One Vision promete câmera que melhora fotos no escuro

Márcio Padrão

Do UOL, em São Paulo

15/05/2019 11h24

Resumo da notícia

  • O sucessor do Motorola One, do ano passado, mantém design como um de seus trunfos
  • Em duas cores - azul safira e bronze - tem bordas curvas e acabamento gradiente
  • Tela cresceu e agora o modelo intermediário premium tem entalhe circular
  • A câmera principal tem sensor de 48 MP e promete fazer fotos melhores no escuro

A Motorola tem um público bem consolidado em alguns países e o Brasil é assumidamente um de seus xodós. E a relação da empresa com seu público é bem direta, entregando principalmente celulares de qualidade intermediária com preços razoáveis. Mas a empresa no ano passado quis sacudir as coisas com o Motorola One, e agora com seu sucessor, o One Vision, que começa a ser vendido nesta quarta-feira (12) por R$ 1.999. Um dos destaques do modelo é a promessa de fazer fotos melhores em ambientes com pouca iluminação.

A proposta da linha One é trazer um celular intermediário que se sobressaia em design e alguns elementos de inovação, além de entregar um Android quase puro e recente com a promessa de estar sempre atual --por isso o seu nome, que deriva do nome Android One, iniciativa do Google que entrega atualizações rápidas para celulares de outras fabricantes, além da própria Motorola.

Motorola One Vision - frente - Márcio Padrão/UOL - Márcio Padrão/UOL
Imagem: Márcio Padrão/UOL

O One Vision de cara se diferencia ao melhorar a maior falha do seu antecessor, que tinha uma ficha técnica modesta. Esta versão 2019 ainda está na gama dos intermediários, mas se o modelo do ano passado tinha um pé na faixa básica de celulares, o deste ano é um pouco mais perto da categoria premium.

Por dentro, traz processador de 2,2 GHz --o Exynos 9609, produzido pela rival Samsung-- 4 GB de memória RAM e 128 GB de espaço interno para arquivos e apps. Esse conjunto atualiza o One original, que trazia um defasado Snapdragon 625 (2 GHz), 64 GB de espaço e os mesmos 4 GB de RAM.

Até aqui uma atualização apenas protocolar, mas o que chama a atenção é a mudança para a tela com um entalhe circular no topo esquerdo, que assim como o entalhe em gota, está aposentando o primeiro formato retangular consagrado no iPhone X e posteriores e também no primeiro One.

A câmera recebeu um belo banho de loja e inicia a era dos sensores de 48 MP na Motorola. A ideia é usar uma tecnologia de concentração de quatro pixels em um para melhorar detalhes e iluminação das fotos finais. Em ambientes escuros isso pode ajudar bastante. Um segundo sensor de 5 MP na traseira ajuda na profundidade de campo, enquanto uma única câmera de 25 MP fica na parte frontal.

E claro, o design continua chamativo, mas desta vez as quatro bordas são arredondadas para ajudar na pegada, e a cor da parte traseira é gradiente, como em celulares chineses como o Huawei P30 Pro.

Primeiras impressões

Primeiro, o corpo. Não costumo prestar atenção em cores de celular, mas a Motorola caprichou bem nelas. O One Vision será vendido em duas cores: azul safira e bronze, em vidro na traseira. A primeira é mais evidente, e a segunda é mais fechada, mas ambas são elegantes e nos tiram do lugar comum do preto/branco. Estou com a versão azul no momento, e gostei do que vi.

Motorola One Vision - traseira - Márcio Padrão/UOL - Márcio Padrão/UOL
Imagem: Márcio Padrão/UOL

Eu não sou um fã de entalhes, mas eles estão aí enquanto não criam algo para invisibilizar a lente da câmera frontal do celular. Nos primeiros usos com o One VIsion, ele não me agrediu muito no uso cotidiano. Mas para vídeos e talvez nos games, tenho a impressão que aquele furo vai ficar puxando minha atenção de vez em quando. No mais, a tela de 6,3 polegadas Full HD+ me parece nítida e satisfatória.

Motorola One Vision - entalhe - Márcio Padrão/UOL - Márcio Padrão/UOL
Você se incomoda com o furinho ali na ponta esquerda?
Imagem: Márcio Padrão/UOL

No desempenho, por enquanto eu senti que é de intermediário mesmo, com tudo que há de bom e ruim nisso. No uso comum --WhatsApp, internet e afins-- nada de mais. Ao usar games pesados, alguns frames são perdidos no processamento de gráficos. Mas até agora nada que me irrite, como travamentos bruscos.

Não posso falar muito de bateria ainda, pois estou há pouco tempo com ele. Mas seus 3.500 mAh devem dar conta de um dia de uso moderado, ou um dia e algumas horas com boa vontade. A Motorola tem uma boa reputação com baterias, então isso deve se repetir aqui.

A câmera, geralmente um ponto fraco da Motorola, foi o que me impressionou mais até agora. A tecnologia Quad Pixel parece funcionar bem para o lance das fotos bem iluminadas. Um recurso chamado Night Vision consegue iluminar artificialmente fotos bem escuras, e isso sem flash algum.

Em situações normais, meus primeiros cliques também ficaram legais. Mas de novo, é preciso testarmos em mais cenários para perceber melhor suas limitações reais.

No mais, o One Vision pode conseguir atrair gente que não ligava para Motorola, se encantou com o One mas se decepcionou de leve com suas especificações. Claro que a concorrência está afiada também: o Galaxy A7 é bem parecido, está custando R$ 1.700 e ainda tem câmera tripla, por exemplo; e a linha Zenfone 6 da Asus vem aí. Mas no geral é um produto bem voltado para o grande público mas com chances de pegar alguns clientes que querem algo além do trivial. Se vai conseguir, o tempo dirá.

Motorola One Vision - Cores bronze e azul safira - Divulgação - Divulgação
Motorola One Vision nas cores bronze e azul safira
Imagem: Divulgação

Direto ao ponto: Motorola One Vision

  • Tela: 6,3 polegadas Full HD+ LED
  • Processador: Exynos 9609 (2,2 GHz)
  • Câmeras: traseira dupla (principal 48 MP + profundidade de 5 MP) e frontal (25 MP)
  • Memória: 4 GB de RAM e 128 GB de armazenamento (com espaço para microSD de até 512 GB)
  • Bateria: 3.500 mAh
  • Cor: azul safira e bronze
  • Preço: R$ 1.999

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