Problema com bloqueio de celulares em presídios pode estar perto do fim
Resumo da notícia
- Tecnologia americana promete bloquear sinais em área específica e delimitada
- Testes foram realizados com sucesso em presídio estadual na Carolina do Sul
- Segundo especialistas, bloqueadores atuais atrapalha quem vive fora do presídio
No combate à telefonia carcerária há, geralmente, duas frentes: não deixar que os aparelhos entrem nos presídios; e garantir que, caso eles entrem, os aparelhos celulares tenham o sinal bloqueado dentro da cadeia. Uma nova tecnologia americana promete bloquear com sucesso os sinais dentro de uma área específica e delimitada.
Os testes dessa chamada "microinterceptação" de sinais foram realizados na semana passada em um presídio estadual na cidade de Columbia, Carolina do Sul, nos EUA. Com cinco dias de duração, tudo foi supervisionado pela Administração Americana de Telecomunicações e Informação, agência de políticas de comunicações do país.
Os resultados ainda não foram revelados, mas tendem a ser positivos. O governo americano já vinha testando a tecnologia em junho do ano passado em locais menores, como um presídio federal em Cumberland, no estado de Maryland.
Na época, os experimentos mostraram que a tecnologia bloqueava completamente os sinais dentro do presídio --mas permitia que os aparelhos voltassem a funcionar a seis metros do portão da penitenciária. O Departamento de Justiça americano chamou os resultados de "promissores".
Se tudo der certo, a microinterceptação de sinais vai parar de nos deixar reféns dos atuais bloqueadores de sinais, que segundo especialistas, atrapalha pessoas que vivem ou passam perto de presídios.
De acordo com a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) paulista, só no estado de São Paulo foram encontrados mais de 10 mil aparelhos em presídios em 2018 --um aumento de 5% em relação ao ano anterior.
A penitenciária de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo, é uma das que contam com o sistema de bloqueio, que foi instalado em janeiro de 2014 e custou R$ 31 milhões, segundo a SAP.
O uso de celulares em cadeias é um problema não só brasileiro. Em 2010 o carcereiro Robert Johnson sofreu uma tentativa de assassinato encomendada por um celular contrabandeando para dentro da prisão onde trabalhava. Entre os americanos, o caso se tornou emblemático para o combate ao uso de aparelhos dentro das penitenciárias.
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