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Seu carro poderá disparar gás lacrimogêneo para afastar ladrão, já pensou?

Getty Images/iStockphoto
Imagem: Getty Images/iStockphoto

Rodrigo Lara

Colaboração para o UOL, em São Paulo

22/03/2019 04h00

Alarme de carro costuma ser um dispositivo que ativa uma sirene ou então bloqueia a ignição do motor caso o veículo seja arrombado. Isso, porém, pode mudar consideravelmente caso uma patente registrada pela Toyota nos Estados Unidos seja usada de maneira, digamos, criativa.

A fabricante japonesa registrou um dispositivo de aromatização automático dos veículos. A ideia é que o carro identifique quem será seu condutor --o que ocorre quando o carro se comunica com o smartphone do ocupante -- e, automaticamente, borrife no automóvel uma fragrância que seja do agrado dessa pessoa. Há também uma função que desodoriza o ambiente, evitando problemas com pessoas alérgicas ou que não gostem da fragrância usada pelo ocupante anterior do carro.

Carros com interiores aromatizados não são exatamente algo novo, mas o dispositivo tem características inéditas: um gerador de fragrâncias, o que não limita o sistema a apenas um tipo de perfume borrifado. E é justamente aí que é aberta a possibilidade do dispositivo ter novas funções que vão além de um mero sistema de conforto e conveniência.

Uma vez que o sistema detecta se o condutor do carro é um usuário cadastrado ou não, em tese seria possível que ele seja programado para reagir a uma tentativa de roubo, por exemplo. Essa reação poderia, simplesmente, fazer o aromatizador borrifar um perfume ruim no interior do veículo ou, ainda, ser mais agressivo e espalhar gás lacrimogêneo dentro do carro, atacando um possível criminoso em seu interior.

18.mar.2019 - Esquema de patente de dispositivo automático para fragrâncias pedido pela Toyota nos Estados Unidos - Reprodução/Toyota - Reprodução/Toyota
Dispositivo patenteado libera fragrância personalizada conforme usuário
Imagem: Reprodução/Toyota

Como há um sistema de desodorização, o dispositivo poderia simplesmente ser ativado e, assim, evitar que os usuários cadastrados no veículo sofram as consequências de uma possível ação de defesa.

Por ora, o sistema da Toyota está ainda na fase de patentes e não há qualquer informação concreta sobre quando a fabricante japonesa poderia equipar os seus carros com ele.

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