Não é só nos tops: a câmera do seu celular ficará cada vez mais inteligente
Quando foi a última vez que você utilizou inteligência artificial? O termo parece coisa de filme de ficção científica, mas provavelmente a resposta é: "Quando eu usei meu celular pela última vez".
Duvida? Então veja só: a inteligência artificial é o que te ajuda a escolher a melhor rota no Waze ou no Google Maps. Eles também estão presentes quando o Spotify te sugere aquela playlist matadora. Ou, então quando você usa assistentes digitais como a Siri no iPhone ou o Google Assistente nos celulares Android.
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A tendência é que os recursos alimentados por inteligência artificial continuem aumentando, como câmeras e carregamento de bateria. E isso não será exclusivo aos aparelhos topo de linha.
Ao contrário, os celulares intermediários estão começando a entrar na onda, o que pode lhes render o papel de grandes agentes da popularização da inteligência artificial no mundo.
Hardware melhor
Hoje, boa parte dos celulares utilizam conexões com a internet para acessar plataformas de inteligência artificial – ou seja, o cérebro não está no aparelho.
Esse processamento, porém, está migrando também para o aparelho, como já fazem as câmeras dos potentes Galaxy Note 9 e o LG G7. Só que a tendência começa a avançar para celulares intermediários.
Entre esses espertinhos está o Zenfone 5, da Asus, que adota inteligência artificial nas câmeras e em funções como carregamento de bateria.
O movimento de expansão tem aliados claros. Um deles é a criação por parte dos fabricantes de processadores de chips com unidades dedicadas ao processamento de inteligência artificial.
A Mediatek lançou em fevereiro a Helio P60. E a Qualcomm anunciou que a plataforma Snapdragon 670, destinada a celulares intermediários, também terá capacidades do tipo.
As fabricantes chinesas, que focam em custo-benefício e que aumentam cada vez mais sua presença internacional, já implementam recursos de inteligência artificial no hardware de diversos aparelhos, não apenas nos mais caros. A Oppo, por exemplo, utiliza a plataforma da Mediatek.
Um paralelo a isso pode ser visto nos computadores. Enquanto PCs sem placa de vídeo dedicada podem fazer a maior parte das ações demandadas pelos seus usuários, esse componente é necessário quando se vai rodar aplicações mais exigentes, como jogos. Ter um chip dedicado à inteligência artificial expandirá muito as capacidades desses aparelhos
Reinaldo Sakis, o gerente de Pesquisa e Consultoria de Consumer Devices da IDC
Segundo um estudo feito pela consultoria Gartner, 80% dos smartphones terão capacidade nativa para desempenhar funções de inteligência artificial até 2022. Embora a Gartner não fale, os celulares intermediários devem liderar esse movimento já que ocupam uma fatia maior do mercado.
“A presença de inteligência artificial em aparelhos intermediários é uma tendência. De maneira geral, a Samsung lança recursos nos smartphones super premium da empresa e, ano a ano, elas chegam às outras linhas de smartphones da companhia”, diz Renato Citrini, gerente sênior de produtos da área de dispositivos móveis da Samsung Brasil.
O Galaxy A6 e o A6+ ganhou suporte à plataforma Bixby Vision, que facilita a busca de imagens, a obtenção de informações sobre locais próximos e a tradução de idiomas. O recurso antes era visto apenas nas linhas Galaxy S e Galaxy Note.
O que muda
A consultoria Gartner identificou uma série de usos para a inteligência artificial, como a realização de tarefas diárias baseadas nos hábitos do usuário - ligar uma panela elétrica minutos antes de você chegar em casa, por exemplo -, a capacidade de reconhecer emoções para melhorar a interação com assistentes virtuais, a capacidade de monitorar o usuário durante a noite e garantir que ele tenha um bom sono, entre outros.
"Se temos uma tecnologia capaz de tornar nossa vida mais fácil e inteligente, por que não usá-la? Esse é o objetivo da inteligência artificial nos smartphones, que são aparelhos que nos acompanham o tempo todo e podem nos dar mais comodidade no cotidiano", afirma o gerente de marketing da Asus Brasil, Yuri Franco.
Já a Samsung lembra que a inteligência artificial pode estar na câmera fotográfica, no software do dispositivo ou em recursos, como o “My Emoji”. “A Bixby, por exemplo, aprende com os hábitos de cada pessoa, auxiliando nas tarefas diárias como traduzir textos, localizar locais de interesse, sugerir ações, ligações ou lembretes. A assistente de inteligência artificial também vai se aprofundando no perfil do usuário e oferecendo soluções cada fez mais customizadas para ele”, diz Citrini.
Assim, embutido nos celulares intermediários, a inteligência artificial pode deixar em breve de ser uma expressão de ficção científica e virar algo comum.
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