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Primeiro "robô-mosca" funciona sem fios e é do tamanho da ponta de um lápis

Mark Stone/University of Washington
Imagem: Mark Stone/University of Washington

Márcio Padrão

Do UOL, em São Paulo

19/05/2018 10h15

Tem gente desenvolvendo alguns robôs minúsculos enquanto você está lendo isso. Um deles em breve pode espionar você em casa. Ok, agora que conseguimos sua atenção, vamos ao robô-Black Mirror da vez.

Conheça o RoboFly, criação da Universidade de Washington que é só um pouco maior que uma mosca de verdade, pesando míseros 190 miligramas. No vídeo abaixo, podemos ver que sua altura é do tamanho da ponta de um lápis.

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O robô-inseto é alimentado por um raio laser. Ele usa um pequeno circuito que converte a energia do laser em eletricidade suficiente para operar suas asas. E para nossa sorte, ele não carrega câmeras (ainda).

Eles apontaram o feixe de laser para uma célula fotovoltaica, que está conectada acima da RoboFly e converte a luz do laser em eletricidade. O laser ainda não é capaz de fornecer tensão suficiente para mover as asas, então foi criado um circuito que amplia os sete volts que saem da célula fotovoltaica para os 240 volts necessários para o voo.

Pelo vídeo podemos ver que seu bater de asas ainda é bem limitado, mas a equipe espera fazer com que o laser seja direcionado de modo a manter o voo. Ele já ganhou uma vantagem sobre outros dois protótipos chamados "RoboBee" (robô-abelha), que usavam fios para receberem energia.

O coautor da pesquisa do RoboFly é Sawyer Fuller, que também havia desenvolvido um dos RoboBees para a Universidade de Harvard em 2016. O outro RoboBee que tivemos notícia, anunciado por um grupo de pesquisadores em outubro do ano passado, é capaz até mesmo de pular na água. Relembre abaixo.

A equipe do RoboFly apresentará suas descobertas em 23 de maio na Conferência Internacional sobre Robótica e Automação em Brisbane, na Austrália.