MP vai investigar vazamento de dados de clientes do Banco Inter

A Comissão de Proteção dos Dados Pessoais do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) instaurou nesta terça-feira (8) um inquérito civil público para investigar o suposto vazamento de dados de clientes do Banco Inter. A entidade financeira confirmou na última semana que sofreu uma tentativa de extorsão de hackers.
Na última sexta (4), o MPDFT expediu um ofício ao banco requisitando mais informações sobre o incidente. O Ministério Público teve, inclusive, acesso a arquivos que supostamente contêm informações pessoais dos clientes do banco totalmente digital.
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A empresa, agora, terá que informar se foi constatada alguma falha na base de dados do banco, a natureza da brecha e as medidas que foram tomadas. O banco também terá que informar quantos clientes ou colaboradores teriam sido afetados.
A investigação é liderada pelo promotor Frederico Meinberg, coordenador da comissão. O MPDFT já investigou anteriormente Uber, Netshoes, Facebook e Vivo por causa de violações de dados de usuários – a entidade chegou a fechar acordo com as duas primeiras empresas citadas.
O Brasil não possui lei que obriga instituições a avisarem governos e usuários sobre o vazamento de dados, como ocorre normalmente nos Estados Unidos.
Banco Inter nega dano a clientes
O caso envolve um suposto vazamento de dados de milhares de clientes do banco, que tem sede em Belo Horizonte. Especula-se que hackers tiveram acesso aos servidores da instituição e coletaram informações pessoais, senhas, chaves de segurança, cópias de cheques e emails de cerca de 100 mil pessoas, segundo informações passadas pelos supostos cibercriminosos ao site TecMundo.
Em nota enviada ao UOL, o Banco Inter confirmou a extorsão por parte de hackers, mas nega que “houve comprometimento da segurança no ambiente externo” e “dano à sua estrutura tecnológica”.
Apesar do posicionamento, o texto não deixa claro se os dados de clientes vazaram ou não.
Ao TecMundo, um hacker chamado "John" entregou um manifesto com detalhes sobre o possível roubo de informações. O processo teria envolvido diferentes tipos de ataques à base de dados do banco, "sem ninguém perceber", durante vários dias.
Segundo ele, o Banco Inter deveria efetuar um pagamento dentro de 15 dias. Se a instituição financeira optasse por não pagar, a falha de segurança seria revelada ao público.
O arquivo com as informações teria 40 GB cheios de dados como telefone, email, nome da mãe e do pai dos correntistas, número de celular, senha de cartões de débito e crédito e registros de todas as transações feitas (valor, conta de origem e conta de destino) por cada cliente. Além disso, imagens de documentos, contratos e cheques também teriam vazado.
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