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Robôs inteligentes ajudarão na limpeza de lixo nuclear

Pesquisadores desenvolverão máquinas que substituirão homem em situações de risco - Getty Images/iStockphoto
Pesquisadores desenvolverão máquinas que substituirão homem em situações de risco Imagem: Getty Images/iStockphoto

Rodrigo Trindade

Do UOL, em São Paulo

07/05/2018 18h29

Pesquisadores da Lincoln University, na Inglaterra, garantiram financiamento para dar continuidade ao desenvolvimento de uma inteligência artificial aplicada em robôs autônomos. O trabalho tem como objetivo trocar a mão de obra de pessoas no cuidado a locais de risco nuclear, com níveis perigosos de radiação.

Com 1,1 milhões de libras (R$ 5,2 milhões), eles trabalharão em um sistema de aprendizado de máquinas, que fará os robôs aprenderem sozinhos com suas próprias experiências em atividades como a limpeza de lixo nuclear, desmantelamento de células e monitoramento de usinas nucleares.

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Algoritmos serão criados para a realização de ações como manipulação, corte e agarro, tudo guiado pela visão dos robôs. As máquinas também poderão ser controladas remotamente por humanos, seja completamente ou para decisões pontuais.

Chefe da pesquisa, Gerhard Neumann destacou a importância do desenvolvimento de uma tecnologia como essa para o futuro. “Limpeza e desmantelamento de lixo nuclear é um dos maiores desafios da nossa geração e da próxima, com custos previstos enormes: até 200 bilhões de libras nos próximos 100 anos”, declarou.

“Desastres recentes como a de Fukushima mostraram a importância crucial da tecnologia de robótica na monitoração e intervenção, o que está faltando no momento, tornando nosso trabalho ainda mais vital”, completou.

A tragédia que afetou o Japão em 2011 deixou resquícios de combustível nuclear na usina de Fukushima. Necessária, a limpeza destes materiais é perigosa para humanos, que recorrem a robôs para acessar locais com alta radiação. Algumas máquinas fracassaram em tentativas anteriores, dadas as condições hostis, mas em 2017 foi possível detectar, com a ajuda de robôs controlados remotamente, onde foi parar parte do urânio fundido no desastre.