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Arrependido, Facebook diz que fará sua parte e priorizará mídias confiáveis

Do UOL, em São Paulo

22/01/2018 11h00

O Facebook recebeu muitas críticas nos últimos meses e foi acusado de não lutar contra as notícias falsas na sua rede social. Arrependida, a companhia agora diz que fará sua parte e priorizará as mídias de acordo com o grau de credibilidade. Os próprios usuários da rede social é que vão definir esse grau.

Pedimos a nossas equipes que garantam que damos prioridade às notícias que são confiáveis, informativas e locais

Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, em um texto publicado em sua página pessoal.

"Agora vamos perguntar (aos usuários) se sabem qual a fonte que está publicando a informação e, nesse caso, se confiam nessa fonte", explicou.

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De acordo com as respostas, as publicações de veículos de comunicação consideradas confiáveis terão maior visibilidade nos feeds.

"Essa nova característica não mudará a quantidade de informação que se vê no Facebook, só mudará o equilíbrio de informação a favor de fontes que a comunidade de usuários considere confiáveis", disse Zuckerberg.

O novo anúncio chega uma semana depois de outra medida do Facebook, que anunciou na quinta-feira (18) sua intenção de reduzir a presença de meios de comunicação nas linhas do tempo.

"Não posso garantir"

Nesta segunda-feira (22), o gerente de produto do Facebook, Samidh Chakrabarti, alertou que não pode oferecer nenhuma garantia de que as mídias sociais são boas para a democracia, mas ressaltou que está fazendo o possível para impedir a alegada intromissão da Rússia ou de outros países nas eleições.

O Facebook, a maior rede social com mais de 2 bilhões de usuários, abordou o papel das redes sociais na democracia em postagens do professor Cass Sunstein da Universidade de Harvard e de uma funcionária que trabalha no assunto.

"Gostaria de garantir que os aspectos positivos sejam destinados a superar os negativos, mas não posso", escreveu Samidh Chakrabarti, gerente de produto do Facebook, em sua postagem.

O Facebook, acrescentou, tem um "dever moral de entender como essas tecnologias estão sendo usadas e o que pode ser feito para tornar as comunidades como o Facebook representativas, civis e confiáveis quanto possível".

O compartilhamento de notícias falsas ou enganosas nas mídias sociais tornou-se um problema global, depois de acusações de que a Rússia tentou influenciar votos nos Estados Unidos, Grã-Bretanha e França. Moscou nega as alegações.

Chakrabarti expressou arrependimento do Facebook sobre as eleições dos EUA de 2016, quando, segundo a empresa, os agentes russos criaram 80 mil postagens que chegaram a cerca de 126 milhões de pessoas ao longo de dois anos.

A empresa deveria ter feito melhor, ele escreveu, acrescentando que o Facebook está compensando o tempo perdido: desativando contas suspeitas, tornando os anúncios eleitorais visíveis para além do público-alvo e exigindo que aqueles que publicam esses anúncios confirmem suas identidades. (Com AFP e Reuters)

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