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Por R$ 1.499, smartphone Ascend P7 vem com câmera de 8 MPixels para selfie

Smartphone Ascend P7 tem 6,35 milímetros de espessura e bordas de metal - Divulgação
Smartphone Ascend P7 tem 6,35 milímetros de espessura e bordas de metal Imagem: Divulgação

Guilherme Tagiaroli

Do UOL, em São Paulo

14/01/2015 06h01

A fabricante chinesa Huawei lançou no Brasil em dezembro o smartphone Ascend P7. Com a novidade, a marca mostra que quer se posicionar entre os aparelhos topo de linha e intermediários.

Seus concorrentes diretos são Moto X, da Motorola, Galaxy S4, da Samsung, e o LG G2 — todos modelos com preço na casa dos R$ 1.499. O destaque do celular inteligente é a ótima câmera para tirar selfies (autorretratos) e o design retangular e ultrafino.

Acompanhe a seguir as principais características do aparelho:

Câmera potente

O que mais chama a atenção é a câmera frontal de 8 megapixels do Ascend P7 – a título de comparação, essa resolução é a usada em muitos aparelhos na câmera traseira. A resolução das fotos tiradas é ótima e o usuário ainda pode melhorar os selfies com o modo beauty (beleza).

Ao acionar a câmera frontal, esse modo é logo apresentado na tela. Basta posar para a câmera e ajustar o “nível de beleza”, que varia de 0 a 10. Isso consiste, basicamente, em software que detecta o rosto e aplica um filtro que remove os poros de pele. Pode apresentar bons resultados,  se for usado com moderação.

Modo beleza Huawei - Guilherme Tagiaroli/UOL - Guilherme Tagiaroli/UOL
Acima, uma imagem tirada sem modo beleza (à esq.) e outra com o modo beleza no nível máximo; espécie de filtro tenta "limpar" os poros da pele de quem é fotografado
Imagem: Guilherme Tagiaroli/UOL

A câmera traseira tem 13 megapixels e é satisfatória. Ela conta com alguns modos de foto como o inteligente (que ajusta a câmera conforme o ambiente), o melhor foto (que tira dez fotos e escolhe a melhor entre elas) e filtros que estilizam a cena.

Hardware

Dá gosto de andar por aí com o Ascend P7, pois ele é leve (pesa 124 gramas) e fino (tem 6,5 milímetros de espessura). Não é do tipo de aparelho que incomoda ao colocá-lo no bolso.

Ao mesmo tempo dá medo de deixá-lo cair no chão, pois todo seu corpo é de plástico. O reforço do aparelho foi feito com  metal nas bordas — pelo menos se cair de lado, o material segura as pontas.

O dispositivo tem 16 GB de capacidade de armazenamento (extensível com cartão microSD até 32 GB), 2 GB de memória RAM e uma tela Full HD sensível ao toque de 5 polegadas.

O processador do aparelho é o Hisilicon Kirin 910t de quatro-núcleos, sendo que cada um trabalha em 1,8 GHz. Ao rodar jogos, ele não apresentou problemas.

Porém, ao navegar por alguns itens, ele deixa a desejar pela fluidez. Ele dá algumas travadas, por exemplo, ao rolar rapidamente a tela pelos itens do Google Play (loja de conteúdos para dispositivos Android).

Android personalizado

O Ascend P7 traz uma versão modificada do Android KitKat feita pela própria fabricante chamada Huawei Emotion UI 2.3. Usuários do sistema do robozinho não sentirão muita dificuldade em trabalhar com ela.

Interface gráfica da modificação do Android feita pela Huawei - Reprodução - Reprodução
Interface gráfica da modificação do Android feita pela Huawei
Imagem: Reprodução

No entanto, o visual é de gosto duvidoso. Todos os ícones, por exemplo, são quadrados (literalmente). Até o do Google Chrome, que é redondo, fica dentro de uma “moldura” com esse formato.

Quem não gostar dessa interface, tem a opção de escolher outros temas que, basicamente, mudam o sistema de cores, a identidade visual de alguns ícones e a tela de bloqueio.

Apesar disso, há funções interessantes de gerenciamento do telefone, como o modo “não perturbe” (que desliga notificações por um determinado horário), o “acelerador do telefone” (fecha apps que não estão sendo usados) e “limpeza de armazenamento” (ajuda o usuário a limpar arquivos grandes e o histórico de navegação).

Por fim, há o modo ultra-bateria (acionado automaticamente quando o telefone chega a 10% de carga). Ele “desliga” todas as firulas do smartphone e deixa habilitado apenas as funções: receber e fazer chamadas, envio e recebimento de mensagens e acesso a contatos. Com apenas um toque o smartphone vira, praticamente, um celular antigo, o que é muito bom quando se está longe de um carregador.

Conclusão

O smartphone da Huawei é sensacional para tirar selfies (só não sai bem quem não quer) e tem um design bacana. No entanto, a marca ainda deixa a desejar na fluidez do sistema operacional. As funções adicionais facilitam a vida do usuário, mas a experiência ainda é um pouco truncada, com alguns travamentos.