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Black Friday: compra pelo celular pode ser mais segura, veja dicas

Larissa Leiros Baroni

Do UOL, em São Paulo

24/11/2014 06h00Atualizada em 24/11/2014 19h20

Com a chegada da BlackFriday (data em que o varejo faz promoções), na próxima sexta-feira (28), os "descontos imperdíveis" tendem a incentivar os consumidores a colocarem a mão no bolso. Mas se você é daqueles que não tem tempo ou mesmo paciência para enfrentar as filas das lojas físicas, a compra pela internet pode ser uma opção. E entre o celular e o computador, João Carlos Lopes, professor de Engenharia de Computação do Instituto Mauá de Tecnologia, cita o smartphone como meio que pode ser um pouco mais seguro. Veja essa e outras dicas para não cair em uma cilada durante as compras.

"O principal golpe dos hackers é a criação de sites falsos, que são mais raros na versão mobile", explica Lopes. Essa tentativa de enganar os consumidores é usada em golpes do tipo phishing, que visam "pescar" informações e dados pessoais importantes do usuário, tais como dados bancários e de cartões de crédito. 

Ainda que "bem mais difícil" de haver sites falsos nos smartphones, Rovercy de Oliveira, especialista em segurança da informação da consultoria Real Protect, afirma que isso não é impossível. Segundo ele, a migração dessas páginas falsas para a versão mobile é uma questão de tempo. Oliveira ressalta ainda que o meio mais seguro de compra virtual depende de diversas variáveis. 

"Se você tiver um celular com sistema iOS e um computador Windows desatualizado e sem antivírus, obviamente o dispositivo móvel é mais seguro", exemplifica o especialista, que define o celular como uma versão portátil do computador. "Ou seja, acaba herdando as mesmas fragilidades do computador". Para ele, os dispositivos da Apple --iPhones, iMac, MacBook, iPads-- são mais seguros dos que os de outras marcas, mas isso não significa que estão imunes à ação dos maliciosos.

Independente se a compra vai ser realizada pelo computador ou pelo celular, o professor da Mauá diz ser importante manter o sistema operacional --seja ele qual for-- atualizado, além de ter antivírus. Ainda que cubram possíveis brechas de segurança, a eficiência dessas medidas também está diretamente relacionada a uma educação digital (nome dado para os hábitos do internauta na rede). "Nunca clique em e-mails promocionais sem ter certeza sobre o destinatário. Em caso de dúvida, o melhor é deletá-lo", orienta Lopes.

"Se receber a promoção de uma empresa que não costuma te mandar e-mails, o melhor é apagá-la antes mesmo de abri-la, até porque há arquivos maliciosos que basta serem abertos para se instalarem nos dispositivos", completa o consultor da Real Protect, que recomenda que o usuário, antes de clicar em qualquer link, coloque o mouse sobre ele e identifique sua origem.

É importante ainda, segundo Lopes, procurar referências sobre o fornecedor, verificando a existência de reclamações contra ele, além de se atentar às especificações do produto e às políticas de garantia e de troca. "Isso vai ajudá-lo a evitar problemas futuros com a compra." O professor também sugere que o consumidor procure o seu banco para ativar o serviço que o informa via SMS sobre cada transação financeira realizada. "Isso identifica com mais agilidade possíveis clonagens, possibilitando pedir o cancelamento das compras."

Se mesmo seguindo todas as orientações ocorre algo de errado com sua compra pela internet, veja como agir