Smartphone Huawei Ascend P6 tem cara da Apple e coração de Android
Se chamar de “Frankenstein” com jeitinho, talvez o smartphone Huawei Ascend P6 atenda. Isso porque ele é uma mistura de diversos outros equipamentos do mercado que você provavelmente já conhece. Conta com uma carcaça semelhante à dos telefones da Apple, tem o popular sistema operacional Android (versão Jelly Bean), espessura semelhante à de uma caneta BIC e preço geralmente cobrado por smartphones quase top de linha (R$ 1.500).
Na prática, o P6 agrada. A empresa chinesa já começa a ganhar o consumidor pela embalagem. A caixa branca é charmosa, lembrando uma edição de colecionador de um best seller, na qual deve-se puxar o livro para fora da caixinha. Na parte de dentro, o usuário encontrará três quadradinhos de papelão que se encaixam, como em um jogo de “Tetris”. Um guarda o carregador. Outro, o fone de ouvido. O último, o manual e uma capinha de silicone. Em cima de tudo isso está o P6.
Direto ao ponto
Nome: | Huawei Ascend P6 |
Dimensões: | 6,55 x 13,3 x 0,61 cm; 120 gramas |
Tamanho da tela: | 4,7 polegadas |
Sistema operacional: | Android 4.2.2 (Jelly Bean) |
Processador: | Quad-core de 1,5 GHz |
Armazenamento: | 8 GB |
Câmera: | 8 megapixels e 5 megapixels |
Preço sugerido: | R$ 1.500 |
Pontos positivos: | Celular bastante fino, embalagem criativa, ótimo aplicativo para música, qualidade de áudio e vídeo perfeita, boa câmera digital |
Pontos negativos: | Problemas com conexão 3G, apresenta poucos aplicativos, manual não está em português. |
Ao pegar o Ascend P6 pela primeira vez, percebe-se sua semelhança física com um iPhone 5s. Revestido por alumínio e plástico, ele conta com tela de 4,7 polegadas e tem Gorilla Glass (algo inexistente no iPhone), para evitar riscos. O eletrônico também apresenta um plugue multiuso na parte inferior da lateral esquerda. Ele serve para tapar a entrada do fone de ouvido, mas pode ser usado como chave para abrir a o compartimento do microSD e do microchip.
Apesar de ser comercializado em branco nos mercados internacionais, no Brasil ele é vendido apenas em preto ou rosa. Se você optar por esta última cor (avaliada pela reportagem), prepare-se para um bombardeio pink. Além de aparecer na parte externa do celular, tons rosáceos surgem no tema, no papel de parede, no fone de ouvido e no case de silicone. A Barbie curtiria.
Passados os elogios, é preciso dizer que a bateria do P6 pode decepcionar. Durante os testes do UOL Tecnologia, o dispositivo da Huawei e um iPhone 4 foram carregados completamente pelo mesmo período de tempo. Depois de 36 horas usando ambos, o já surrado aparelho da Apple ainda apresentava 20% de bateria, enquanto o Ascend pedia uma nova carga. Novos smartphones Android com hardware e sistema semelhante ao P6, em uso comum e diário, costumam durar mais de dois dias.
Com relação às chamadas, o celular cumpre a função satisfatoriamente. Durante os testes, foi possível ouvir o usuário do outro lado da linha sem nenhuma complicação, tanto em ligações feitas como em recebidas. Porém, enquanto a conexão à rede Wi-Fi é precisa e rápida, o 3G pode fazer com que o usuário perca a cabeça. Ele demora bastante para conectar e pode cair no meio da navegação. Um mesmo chip, usado em outro aparelho, apresenta resultados melhores.
Aplicativos e recursos multimídia
Assim como em um iOS, o Ascend P6 não possui um botão dedicado que dê acesso a todos os aplicativos: eles ficam expostos em uma das telas do telefone. O celular ainda apresenta duas telas vazias, para rechear de apps, e outra à lá Samsung Galaxy S III, na qual o usuário pode customizar com tocador de música, horário, clima, contatos favoritos e galeria de fotos.
Se você optar pela cor rosa (avaliada pela reportagem), prepare-se para um bombardeio pink. Além de aparecer na parte externa do celular, tons rosáceos surgem no tema, no papel de parede, no fone de ouvido e no case de silicone. A Barbie curtiria
Em relação aos aplicativos, o aparelho vem cru, com pouquíssimas opções. Não há nenhum que destaque. São básicos e estão presentes em qualquer smartphone com Android. São eles: apps do Google, para ouvir música, um navegador. Entre os jogos, só há o “Riptide GP”, no qual o usuário deve controlar um jet ski.
O aplicativo da Huawei para ouvir música é bem divertido. Além de separar as canções entre as tradicionais pastas (álbuns, artistas, favoritos e todas as faixas), dá para criar listas de acordo com o humor. São elas: feliz, sereno, triste e energético. Há um curioso botão chamado “Escanear música”, que pode intrigar o usuário. Ele puxa as faixas que estão no seu microSD para o app. Durante os testes, foi necessário fazer uma busca na internet para descobrir isso, pois o manual do smartphone não está em português – é vendido em um idioma usado na China.
A qualidade de áudio e de vídeo é ótima. Enquanto a tela mostra cores e imagens bonitas, o som beira a perfeição. Não apresenta um único chiado e é claro e alto. Se o usuário estiver com fone de ouvido, vai achar que não está usando nada, já que o áudio não sai abafado pelas caixinhas de som.
Câmera
Para finalizar, a câmera digital também oferece um desempenho bom. A traseira é de 8 megapixels e registra imagens nítidas. Já a da frente é de 5 megapixels, mas não deixa de apresentar um pouco de granulação.
O interessante é que o smartphone possui um sistema na parte da frente para que o usuário adepto aos selfies (autorretratos) não saia olhando para o outro lado. Antes do clique, o P6 abre uma miniatura da fotografia no canto direito da tela – onde fica a câmera dianteira – e dá dois segundos para o usuário direcionar seu olhar. O cantor Justin Bieber, rei dos selfies, curtiria.
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