Assistências listam problemas mais comuns em celulares; tela e software lideram queixas
O celular já virou um item praticamente indispensável em nossas vidas, a ponto de nos sentirmos perdidos quando ficamos sem ele. Mas, infelizmente, ainda não foi inventado um aparelho indestrutível (embora haja candidatos). Conheça a seguir os principais motivos que levam os aparelhos às assistências técnicas, dicas para evitá-los e a faixa de preço dos consertos.
Para o levantamento, consultamos três assistências técnicas em São Paulo (Celsite, Luctel e Dual Solution). Os problemas mais citados por elas foram a quebra do display (tela), mau funcionamento de software, touchscreen defeituoso e acidentes com líquidos. Além deles, também foram citadas a queima do alto-falante e campainha do celular, quebra do conector de carregamento, troca de bateria e de carcaça.
Problema | Preço do conserto* | Dicas para evitar ou tentar 'salvar' o celular |
Quebra do display (tela) | De R$ 20 a R$ 700 | Use película protetora de tela e capas resistentes a quedas |
Mau funcionamento software | De R$ 30 a R$ 250 | Evite instalar aplicativos incompatíveis com a versão do sistema operacional; verifique se o app não é falso |
Touchscreen defeituoso | De R$ 40 a R$ 700 | Evite deixar o celular cair; não aplique força demais no toque |
Acidentes com líquidos | De R$ 30 a R$ 200 | Tire o celular imediatamente da água e remova a bateria; seque o excesso de água com pano e evite o secador de cabelo com ar quente |
É difícil apontar quem é o principal culpado pela quebra do celular, já que os “vilões” variam de acordo com cada problema. Mas tanto o mau uso como os defeitos de fábrica foram mencionados pelas assistências técnicas. Para Rodrigo Jun, representante da Dual Solution, os problemas estão mais associados à forma como as pessoas usam os telefones do que fabricação. “Claro que há exceções”, diz.
“Os problemas com software têm aparecido mais com o aumento na venda de Androids. O usuário acaba instalando aplicativos e o sistema para de funcionar corretamente”, explica Humberto de Mello, diretor comercial da Celsite. “Muitos tentam instalar programas e jogos sem mesmo ver se são compatíveis com a versão do Android instalada no celular”, comenta Jun.
Já para Luciano Siqueira, diretor técnico da Luctel, falhas no projeto de celulares acabam ocasionando a maior parte dos problemas. “Existem projetos que acabam saindo com falhas e causam transtorno aos clientes. Podemos afirmar que todas as marcas possuem esses erros”, critica Siqueira. “Em muitos dos casos, os clientes têm de pagar pelo conserto, pois o vício aparece só após o período de garantia”, completa.
Smartphone: redobre o cuidado
Além disso, donos de smartphone devem ter cuidado extra com seus aparelhos para não reclamar do prejuízo depois. “Quanto mais caro o aparelho, mais caro o conserto, principalmente pelo preço das peças”, diz Mello. O conserto de uma tela touch quebrada, por exemplo, pode custar até um terço do preço pago pelo celular.
Questionados sobre haver ou não uma marca ou modelo de celular com menos chance de quebrar, os representantes das assistências técnicas refutaram o “mito do Nokia indestrutível” (veja álbum abaixo). “Quem vende mais tem também mais possibilidade de apresentar problemas”, opina Siqueira. “A Nokia consegue mostrar uma durabilidade maior de uso por ousar menos em seus modelos de aparelhos, com ‘celulares de barra’.”
*Preços consultados em setembro de 2012; mão de obra não inclusa. Valor médio varia de acordo com o modelo de celular ou smartphone.
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