Rússia defende eficácia da Sputnik V contra todas as variantes da covid-19
"O estudo do Instituto Gamaleya publicado em 12 de julho na revista internacional "Vaccines" e revisado por pares demonstrou os títulos neutralizantes do vírus protetor Sputnik V contra todas as diferentes mutações, incluindo as variantes sul-africanas e delta", disse hoje a equipe que desenvolveu a vacina russa.
Um estudo da Escola de Medicina do Hospital Mount Sinai, nos EUA, publicado hoje na "Nature Communications" afirma que a vacina desenvolvida pelo Instituto Gamaleya é eficaz na neutralização da variante Alfa (Reino Unido), mas é menos eficaz contra a Beta.
"Segundo o estudo publicado na 'Vaccines', a diminuição da atividade neutralizante do vírus Sputnik V contra a variante sul-africana foi apenas 3,1 vezes contra 7,9 a 40 vezes para a vacina Pfizer", enfatiza a Sputnik V.
Ele acrescenta que esse estudo foi baseado em um modelo de teste real contendo o coronavírus SARS-CoV-2 vivo, não um vírus substituto para estomatite vesicular usado pelos autores do estudo da "Nature Communications".
A equipe de pesquisa americana usou vírus recombinantes que carregam mutações na proteína Spike (utilizada para entrar nas células humanas) encontrada nas variantes Alfa e Beta.
Já a equipe russa disse que um dos autores do estudo americano "tem conflito de interesses devido ao seu trabalho como consultor de Pfizer/BioNtech", e ressalta que o estudo não analisa a variante Delta, que atualmente é a dominante no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
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